Cássio relembra defesa histórica na Libertadores e elege partida mais marcante da campanha de 2012
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Por Meu Timão
O Corinthians celebra nesta segunda-feira o aniversário de um dos títulos mais marcantes de sua história. Há dez anos, o Timão erguia a taça da Libertadores 2012 após vencer o Boca Juniors, no Pacaembu. Apesar da final de peso, o goleiro Cássio não acha que foi a partida mais marcante do grupo.
Em entrevista à TV Gazeta , Cássio afirmou que o jogo mais marcante de toda campanha foi em 23 de maio de 2012. No décimo jogo do Corinthians na Libertadores, o Timão teve dois fatos marcantes no jogo de volta contra o Vasco, pelas quartas de final.
"O time do Vasco era muito bom, né? Naquela época tinha uma equipe muito forte. Eu acho que, para mim, foi o jogo mais marcante. A torcida do Vasco é uma torcida que empurra e faz um caldeirão lá em São Januário. Então, creio que esse jogo (mais marcante), até porque, assim, sem menosprezar ninguém, depois chegamos à semifinal e à final, mas acho que, ali, não", disse o goleiro.
“Contra o Vasco foi um divisor de águas, até porque havia duas equipes muito qualificadas e acho que, depois da maneira que a gente passou contra o Vasco, caiu a ficha. ‘Não podemos deixar escapar a Libertadores, é nossa’ e, no meu ponto de vista, ali foi uma final que a gente passou e, depois, automaticamente foi jogando o campeonato, a semifinal e a final, e acabou sendo campeão”, completou Cássio.
Cássio teve uma participação de destaque em um lance decisivo entre as equipes. O Vasco poderia ter inaugurado o placar após uma roubada de bola de Diego Souza, que avançou sozinho em direção ao gol e ficou cara a cara com Cássio. O vascaíno tentou tirar do arqueiro, mas viu a bola ser defendida com a ponta dos dedos.
Na contramão dos alguns comentários que já ouviu desde a defesa, Cássio garante que o gesto não foi sorte. O goleiro destacou o quanto treinou para defender aquele chute do adversário.
“Eu deixei de falar sobre isso antes, às vezes as pessoas falaram que foi sorte, que o Diego mostrou o lado… Não, foi feito no treinamento. Muitas vezes, depois do treino, eu ficava com o Mauri (Lima, preparador de goleiros), era um cara que me cobrava muito nesse sentido por eu ser um goleiro alto e, creio eu, com grande envergadura”, relembra.
“Ele fazia um chute para mim, eu fazia o encaixe e rolava para ele. Nesse rolar (da bola), ele vinha numa situação parecida com a do Diego Souza, cara a cara. Esse tipo de defesa que eu fiz não foi uma defesa do acaso, algum desvio. Algumas pessoas falam, mas Diego Souza perdeu o gol na hora. Não, eu defendi e eu defendi porque eu treinei para defender aquela bola”, finalizou Cássio.
A defesa de Cássio fez ainda mais sentido após o gol marcado por Paulinho. O então camisa 8 aproveitou uma bola parada para subir mais alto que todo mundo e furar o bloqueio feito por Fernando Prass naquela noite. A comemoração em que o volante corre até o alambrado e abraça um torcedor corinthiano foi mais um fato marcante da classificação à semifinal.
Vale lembrar que, depois de vencer o Vasco, o Corinthians despachou o Santos para chegar à grande decisão contra o Boca Juniors, da Argentina. O Meu Timão relembrou passo a passo da equipe na campanha para a conquista inédita e invicta daquele ano.