Vítor Pereira lamenta invasão e diz que imagem do futebol brasileiro fica manchada com a violência
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Por Ulisses Figueiredo, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
Torcedores do Santos invadiram o gramado após a partida
Danilo Fernandes/MeuTimao
Nesta quarta-feira, o Corinthians foi derrotado pelo Santos por 1 a 0, na Vila Belmiro, pela Copa do Brasil. Apesar da derrota, o Timão se classificou para as quartas de final da competição. A partida ficou marcada por atos de violência da torcida santista durante e após o apito final, com tentativa de agressão a Cássio, o que fez Vítor Pereira lamentar o acontecimento.
“Não vejo futebol desta forma. Eu vejo como frustração isso. O Santos não tem fase boa, eles se frustram com isso, mas as pessoas não podem ser assim, não pode passar dos limites, tem que tomar medidas sobre isso agora. Por que se não deixamos de ter segurança e sem ela não há futebol”, falou o técnico português.
O primeiro ato de violência aconteceu ainda durante a partida. Perto do fim do jogo, a torcida santista arremessou sinalizadores e bombas no gramado. O jogo teve que ser paralisado por seis minutos. Após o apito final, torcedores do Santos invadiram o gramado e tentaram agredir Cássio. Vítor Pereira estava visivelmente frustrado com a situação e declarou que não quer falar sobre o tema.
“Apesar da classificação, apesar da qualificação, eu não estou com a menor vontade de falar. Peço desculpas, não vou falar muito, vou falar só do que se passou em termos de jogo, não vou comentar nada sobre a situação fora, depois do jogo, não vou fazer nenhum comentário. Isso não é o futebol que gosto, o futebol que gosto é o futebol jogado. Deixo para vocês, não me identifico com esse tipo de coisa, deixo para os jornalistas e pessoas que tem que discutir essas coisas e não faço comentários sobre isso”, falou o técnico português.
Para finalizar, Vítor Pereira falou sobre violência no futebol no Brasil e lamentou a invasão de campo. O técnico analisou o futebol nacional, mas afirmou que episódios como esse mancham a história do jogo, já que o noticiário vai destacar mais a invasão de campo do que o resultado em si.
“Muitos jogadores de qualidade, em poucas palavras. Boas equipes, bons treinadores, alguns trabalhos muito interessantes, um calendário absurdo, que não cabe pra ninguém, que não permite jogos com a qualidade que poderiam ser. Tenho certeza que seria um produto de maior qualidade e não de sobrevivência, como tem sido. Isso acontece muitas vezes aqui, não sei porque. Na Europa não vejo tanta situação assim. Em Portugal amanhã vão falar de classificação e invasão de campo, mas o segundo mais, e é isso que vai pra fora. Passa essa imagem, não se vende um produto com a qualidade que temos aqui”, disse o treinador.
