Grupo do Corinthians na Copinha é investigado por manipulação de resultados
23 mil visualizações 81 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
O Corinthians terminou a Copinha na primeira colocação do Grupo 12, com nove pontos, e venceu o Zumbi-AL, time que teve um jogador aliciado, por 4 a 0
Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
Já na reta final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Polícia Civil de São Paulo, junto à Federação Paulista de Futebol, investiga uma quadrilha acusada de manipular resultados desta edição do principal torneio do Brasil. Um deles foi com um jogador do Zumbi-AL, time que participou do Grupo do Corinthians na Copinha. A informação foi inicialmente veiculada pelo ge.globo.
O caso em si não foi no jogo contra o Timãozinho, que terminou em vitória alvinegra, por 4 a 0. Na segunda rodada da fase de grupos, um apostador aliciou um atleta do Zumbi, oferecendo R$ 3 mil para que ele concedesse escanteios à equipe adversária. O atleta negou a proposta e venceu a Ferroviária, adversário em questão.
Segundo a polícia, o responsável pelo aliciamento foi Diego Rodrigues, morador do interior de São Paulo.
Atualmente, a FPF conta com uma empresa especializada em analisar jogos para ver se existe alguma possibilidade de manipulação de resultados. No entanto, segundo Paulo Schmitt, presidente do Comitê de Integridade da Federação Paulista de Futebol, a Copinha traz uma maior dificuldade pois vêm equipes de todo Brasil disputar a competição.
"A própria Copinha que não despertava tanto interesse no passado, pelos baixos salários, pela faixa etária e pelos fatores de riscos que estão presentes em vários tipos de eventos e competições, e características de atletas que disputam esses eventos, ela se tornou um alvo até de certo modo prioritário. E é um evento nacional. Então por mais que você faça um controle, uma fiscalização, uma educação dentro do futebol paulista, quando você tem um evento nacional, com atletas do Brasil inteiro, isso torna a Copinha um ponto de risco diferenciado para nós", disse o cartola ao ge.globo.
Em São Paulo, a média de jogos manipulados nos últimos anos foi de sete a dez casos, mas no Brasil foram aproximadamente 130 situações.
"Isso acontece com relativa frequência, hoje a gente tem em média no estado de São Paulo e no futebol paulista, de sete a dez casos confirmados de manipulações de partidas por ano. É um montante, digamos assim, controlado, um valor até controlado perto do Brasil inteiro que só em 2022 já tem confirmados aproximadamente 130 casos", explica Paulo Schmitt.
Nos últimos anos as casas de aposta têm investido forte no futebol mundial e o Brasil entra nisso. Em 2022, por exemplo, todos os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro foram patrocinados por alguma casa de aposta.
No caso do Corinthians, o clube recentemente rescindiu com a Galera.Bet e acertou com a Pixbet como patrocinadora do time. Inclusive, este novo patrocinador fez parceria com o Timãozinho nesta edição da Copa São Paulo.
Ainda não se sabe se algum jogo do Corinthians Sub-20 sofreu manipulação de resultado por algum aliciador, mas novos casos podem ser descobertos.
