Você aprova a gestão de Augusto Melo no Corinthians? Vote na pesquisa do Meu Timão!
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Por Meu Timão
Augusto Melo completou nove meses como presidente do Corinthians. A gestão dele foi marcada por altos e baixos, com crise dentro e fora de campo, mas atualmente conta com nova base aliada e vê a equipe viva em três competições simultâneas na temporada.
Os últimos três meses da gestão de Augusto Melo foi marcado por trocas, seja de patrocinador máster, diretores e até na comissão técnica - confira o balanço geral do Meu Timão abaixo.
Após primeiro trimestre em alta com a Fiel, Augusto Melo dividiu torcedores durante os meses de abril a junho, período de forte instabilidade política e mau desempenho do clube no Brasileirão. O Meu Timão quer consultar a avaliação da Fiel sobre a diretoria corinthiana no último trimestre de 2024 - vote nas enquetes abaixo.
Bastidores
A Esportes da Sorte substituiu a Vaidebet no espaço mais valioso da camisa alvinegra após o escândalo que resultou no fim do antigo acordo. A nova patrocinadora máster do Timão pagará ao todo R$ 309 milhões por três anos.
Desse montante, R$ 57 milhões estavam destinados a uma contratação midiática, que foi Memphis Depay. O holandês terá os salários e luvas até metade de 2026 pagas pelo aporte da patrocinadora mais uma parte que sairão dos próprios cofres do Corinthians, negociação aos moldes da chegada de Ronaldo Fenômeno, em 2009.
Além disso, Pedro Silveira foi anunciado como novo diretor financeiro e Fred Luz foi contratado como CEO. Leonardo Pantaleão, que chegou junto com a dupla, deixou o cargo justamente na última segunda-feira alegando divergência política. Vinícius Cascone, ex-secretário geral, assumiu o posto já com a missão de tentar reverter na Justiça a mudança da data do jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil contra o Flamengo.
Cascone, ao lado de Pedro Silveira, foi o responsável por conduzir as negociações por Memphis Depay antes da viagem de Fabinho Soldado à Holanda para concluir as conversas. Além do holandês, o Timão fechou outras oito contratações, finalizando a última janela de transferências como o clube da Série A com mais reforços.
Em campo
Além de novos jogadores, o Corinthians também teve novo comando técnico no período. O argentino Ramón Díaz substituiu o português António Oliveira, que foi demitido após somar apenas uma vitória em 13 rodadas no Brasileirão e deixou a equipe alvinegra na zona de rebaixamento.
Ramón Díaz conduziu o Corinthians para as semifinais da Copa do Brasil e da Sul-Americana, mas ainda vive drama no Brasileirão. O clube do Parque São Jorge atualmente é o 17º colocado da tabela, com 28 pontos, mesma pontuação do Vitória, primeiro time fora do Z4 que leva vantagem por ter maior número de triunfos, primeiro critério de desempate.
Pressão política
Já nas categorias de base, Augusto Melo contratou o executivo Alex Rodrigues Brasil para auxiliar o diretor Claudinei Alves. A chegada do profissional preenche a vaga deixada por André Figueiredo desde janeiro de 2024 e veio após bastante cobrança por parte das torcidas organizadas em protestos no Parque São Jorge, sede social do clube.
As manifestações contra a atual diretoria do Corinthians ganharam força a partir do fim de junho, com direito a invasão de torcedores no Parque São Jorge. Em um dos protestos, Augusto Melo foi pessoalmente dar explicações e acalmar os ânimos dos envolvidos.
A instabilidade política no Corinthians ficou ainda mais forte com o movimento da oposição por impeachment de Augusto Melo. O pedido está em análise pela Comissão de Ética, mas ainda não foi acatado pelo Conselho Deliberativo, presidido por Romeu Tuma Jr., um dos nomes que se desgastaram com a atual gestão.
Dívida atualizada
Por fim, uma das promessas de Augusto Melo ainda na campanha presidencial foi finalmente cumprida no último trimestre: o dia da transparência, que estava previsto para ocorrer em maio. O evento foi realizado no CT Joaquim Grava em setembro e trouxe detalhes da atual situação do Corinthians, em específico a financeira.
O clube tem dívida atual de R$ 2,311 milhões, divididos em três partes:
- R$ 924 milhões em débito oneroso;
- R$ 676 milhões em pagamentos tributários;
- R$ 710 milhões pela Neo Química Arena.
Em relação ao final de 2023, a dívida aumentou em R$ 122 milhões, mas um valor menos do que os juros corridos no período, conforme explicou Pedro Silveira.
Além disso, as negociações de jogadores da última janela de transferências também foram detalhadas. Até o final de 2024, o Corinthians terá mais receitas do que gastos com a movimentação no mercado, com valores que incluem pagamento aos clubes e os salários dos jogadores.