Diretor justifica contratações em peso na base do Corinthians em 2024: 'Usamos a criatividade'
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Por Meu Timão
Claudinei Alves afirmou que o clube não tinha dinheiro para contratar atletas na base durante a temporada
Matheus Fiuza/Meu Timão
Apesar do título da Copinha, a base do Corinthians não teve os resultados esperados em 2024. Entre os principais pontos, as 56 contratações somadas para Sub-17 e Sub-29, inclusive, geraram críticas de órgãos internos do clube, caso do Conselho de Orientação (Cori).
O diretor da base do Timão, Claudinei Alves, justificou o elevado número de reforços na temporada. Em entrevista ao jornalista Pedro Ramiro, o dirigente afirmou que não houve custos por parte do Corinthians nas contratações, além de destacar a falta de recursos no início da temporada.
"O número é uma coisa. Qual o valor? Não tem nada disso. Não tem valor. Nós não contratamos, nós não pagamos por nenhum jogador que veio pra base. Como eu disse numa entrevista passada agora, quando em janeiro, quando nós assumimos, eu conversei com o presidente. Eu falei, presidente, agora nós vamos ter que remontar um time Sub-20. Ele falou, ‘não tem dinheiro’. Eu falei, eu sei. Então vamos usar a criatividade. Nós trouxemos garotos. Claro que quando você não tem dinheiro, você não traz as peças que você gostaria", disse.
Em praticamente todos os negócios, o Corinthians não precisou pagar por direitos econômicos de jogadores. No entanto, um dos casos mais emblemáticos é o de Franco Delgado, do Sub-20. Como mostrou o Meu Timão, o Timão se utilizou R$ 625 mil de um crédito de R$ 2 milhões na Fifa para trazer o atleta.
O centroavante, porém, não correspondeu ao investimento até o momento. Em 13 jogos, sendo cinco como titular, Franco anotou dois gols, somando 555 minutos. O desempenho de Franco não agradou o atual treinador, Orlando Ribeiro, e ficou fora da lista de inscritos da Copinha de 2025 - apenas oito contratações estão entre os 30.
"Eu gostaria de trazer muitos outros jogadores que o nosso rival levou daqui de outros estados também e pagando um milhão, um milhão e meio, dois milhões, três milhões. E nós não tínhamos dinheiro pra isso. Então nós usamos a criatividade e agora vamos ver o resultado na Copa São Paulo", complementou Claudinei.
O dirigente aproveitou para relembrar a promoção de alguns campeões da Copinha ao profissional, casos de Breno Bidon, João Pedro Tchoca, Ryan, Léo Mana, Kayke, Felipe Longo e Arthur Sousa. Em meio à perda dos nomes e às chegadas de diversos atletas, uma das opções foi a reativação do Sub-18 e Sub-16. A categoria mais velha, inclusive, não chegou a ter competições oficiais durante o ano.
"Foram contratações para o Sub-17, 18 e pro 20. Se você dividir isso daí, quantos são e quantos saíram? Ninguém fala quantos saíram. Saíram 13 para o profissional e sete que foram embora, são 20. Isso só do Sub-20. E o Sub-18 que eu montei, o Sub-18 montei e fiz muito bem montar. E ter montado isso, que hoje nós sabemos o resultado que está dando essa ligação 18-20. Porque hoje os atletas que, por exemplo, saiu a relação da Copa São Paulo, são 30 atletas. O restante dos atletas está treinando sub-18. Eles vão ser mantidos no clube, que eles têm sim objeção, todos eles têm capacidade para se tornar um jogador de futebol, no Corinthians ou não", analisou Claudinei.
A única categoria com trabalhos ativos é a Sub-20, que está em preparação para a estreia na Copinha, no dia 4 de janeiro. O Timãozinho enfrenta o Gazin Porto Velho, de Rondônia, às 21h30, em Santo André, pelo Grupo 27 da Copinha.
