Jogadores do Corinthians criticam qualidade do gramado e pedem melhorias na Neo Química Arena
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Por Marina Borges, Vitor Chicarolli e Victor Gomes
Neo Química Arena sem a torcida antes do jogo
Jhony Inacio / Meu Timão
Após a vitória de 2 a 1 sobre o Santos na última quarta-feira, alguns jogadores do Corinthians expressaram suas preocupações com a qualidade do gramado da Neo Química Arena. Em entrevistas, Raniele, André Ramalho e Hugo Souza apontaram que o campo, além de afetar a fluidez do jogo, tem prejudicado a condução da bola – material que também foi alvo de críticas.
O volante Raniele observou que a superfície do campo não está no padrão que costumava se apresentar. “Sem dúvidas está abaixo em relação ao ano passado. Falamos isso tem alguns jogos. Às vezes quando conduzimos a bola, damos um tapa e ela desliza normal, depois a bola bate em um lugar sem grama e acaba quicando, bate na canela e a condução é esticada. Para um time com tantos jogadores técnicos, como Garro, Memphis, Yuri, Coronado e Carrillo, ter um campo em perfeitas condições é muito importante, nos dá vantagem (...) Esperamos que possa corrigir para desempenharmos um bom futebol”, pontuou.
O zagueiro André Ramalho também se manifestou falando sobre a bola e o gramado, destacando que, desde o início do ano, notaram uma anormalidade na maneira como a bola quica.
“A gente tinha percebido desde o começo do ano. É muito estranha a maneira como a bola quicava e corria, principalmente na bola aérea, quando baixava muito rápido. Em alguns momentos achei que ela bem estranha. Hoje também posso falar a respeito do nosso campo, não achei que estava de boa qualidade, acho que atrapalhou em muitos momentos. A bola quicou demais. Todos tiveram essa impressão. Tanto o campo quanto a bola têm coisas para melhorar”, apontou o defensor.
Hugo Souza também não fugiu desses problemas ao fazer sua análise da partida. "O jogo poderia ter sido melhor até por alguns aspectos, o nosso campo ainda não está na melhor condição. Eu acho que pode melhorar e vai melhorar, porque sempre foi referência no Brasil inteiro, melhor gramado e tudo mais, e hoje talvez não seja. Isso atrapalha um pouco a qualidade do nosso jogo. A bola é horrível, desculpa a expressão, mas é horrível. Porém a gente vai se adaptando a essas coisas para que a gente possa desempenhar o nosso melhor futebol", disse o goleiro.
Antes do jogo, inclusive, as duas pequenas áreas estavam com cones pedindo para os goleiros não aquecerem ali para não desgastar o gramado. Assistindo à transmissão, também foi possível ver alguns buracos no decorrer do campo.

Situação do gramado bastante prejudicada enquanto rolavam homenagens à camisa 10 do Corinthians
Victor Gomes / Meu Timão
Antes mesmo da bola rolar, em entrevista à TNT Sports, o presidente Augusto Melo abordou as condições do gramado da Neo Química Arena, informando que o mesmo está passando por um processo de reforma. Segundo sua justificativa, a intensa utilização do estádio – que está recebendo jogos a cada dois dias praticamente – tem exigido um esforço contínuo para manter a qualidade da superfície, o que impacta a experiência em campo.
Apesar das condições desfavoráveis, a Neo Química Arena segue sendo uma arma corinthiana contra seus adversários, e os números provam isso. O Timão não perde no estádio desde o dia 20 de agosto do ano passado, quando foi derrotado pelo Red Bull Bragantino na Copa Sul-Americana. De lá para cá, foram 17 jogos, somando 15 vitórias e dois empates. A sequência atual é de nove jogos consecutivos vencendo na Arena.