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Técnico do Corinthians Feminino critica CBF por regra de estádios e atraso no calendário

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Por Guilherme Célio e Maria Beatriz de Teves

Lucas Piccinato fez críticas à CBF

Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

O Corinthians decide a Supercopa Feminina neste sábado, contra o São Paulo, no Morumbi. Antes da decisão, porém, o técnico Lucas Piccinato criticou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pela escolha dos estádios da competição e também pelo calendário da temporada.

Na semifinal, diante do Cruzeiro, mesmo sendo mandante, a equipe precisou jogar em São Bernardo do Campo, no 1º de maio. A necessidade se deu por conta do regulamento, criticado pelo treinador, da competição e pelo fato do jogo do masculino, pela Libertadores, ser realizado na Neo Química Arena poucas horas depois.

“Lamento bastante a gente ter que jogar em um estádio longe do nosso torcedor. Foram dois motivos, primeiro o jogo do masculino na Arena e o segundo uma regra que na minha visão é extremamente absurda da CBF de obrigar os times a jogar em estádio acima de dez mil. Se for pegar a média de público até do Campeonato Brasileiro a gente não chega nem perto disso", iniciou Piccinato em coletiva após a classificação para a final.

"Óbvio que temos que fomentar a modalidade, mas dez mil é um numero extremamente expressivo que eu acho que não teria necessidade. A gente poderia jogar na Fazendinha onde colocaríamos um público muito maior que esse”, prosseguiu Piccinato.

Segundo o regulamento da competição, nas semis e na final, "os estádios deverão ter capacidade mínima de 10 (dez) mil espectadores sentados". Por conta disso, a Fazendinha, que tradicionalmente recebe jogos do feminino, não ficou apta - capacidade atual está em cerca de 9 mil. O boletim financeiro do duelo realizado no 1º de maio consta que 8949 ingressos foram vendidos, no entanto, o público presente não chegou a 500 pessoas. A venda alta se dá por conta da contagem de pontos do Fiel Torcedor.

Piccinato ainda comentou sobre o fato da equipe concorrer com o masculino na data marcada pela CBF. A Neo Química Arena já foi palco de outras decisões do feminino, mas nesta quarta recebeu o duelo do Timão com o Barcelona, do Equador, pela Libertadores.

“Acho que é importante, mas não pode ser impeditivo. Acho importante, óbvio, contar com Morumbi, Neo Química, com o Allianz, lugares onde o futebol acontece e a gente quer também. Óbvio que é importante, mas a CBF está partindo para impedir os times de jogar em estádios que não sejam esses e aí acho que estamos pra um caminho que não faz sentido algum. Vamos concorrer data o tempo inteiro com o masculino, faz parte, principalmente dentro do calendário horrível", acrescentou.

Outra crítica de Lucas Piccinato foi em relação ao calendário atrasado da entidade. Em 2024, a Supercopa aconteceu com um mês de antecedência, tendo início em 9 de fevereiro e terminando no dia 18. Já nesse ano, a competição se iniciou 7 de março e vai se encerrar no dia 15. Com isso, tendo pouco tempo de preparação para o Brasileirão, que começa dia 24.

"A decisão do calendário foi feita em janeiro e a Supercopa sempre se jogou em fevereiro e a gente está jogando em março, porque a CBF atrasou o calendário e força a gente a jogar em momento de final do masculino. Então, pra gente é muito ruim esse processo, acho que é importante jogar em estádio grande, mas não pode ser impeditivo jogar em estádios que as equipes tem de qualidade pra agregar ao clube", disse.

"No São Paulo e Flamengo deu quantas pessoas na Vila Belmiro? Se deu 300 foi muito, porque não foi em um estádio em São Paulo menor. Essas perguntas pra mim que fogem muito do contexto, forçando uma necessidade que não tem nenhum sentido”, finalizou.

O Corinthians, no sábado, vai em busca de manter a hegemonia na Supercopa, já que é o único que venceu a competição desde sua criação. As Brabas venceram o torneio em 2022, 2023 e 2024. Essa, porém, vai ser a primeira vez que a equipe decide fora de casa.

Veja mais em: Corinthians Feminino.

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