Membros de organizada se encontram com Augusto Melo e elevam tom de cobrança pelo caso VaideBet
14 mil visualizações 134 comentários Reportar erro
Por Matheus Fiuza, Marco Bello e Victor Gomes

Ex-lideranças de organizadas se reuniram com presidente do Corinthians nesta terça-feira
Victor Gomes / Meu Timão
Nesta terça-feira, o Parque São Jorge recebeu um encontro entre Augusto Melo, presidente do Corinthians, e membros da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube. A reunião aconteceu com um tom de cobrança em relação aos próximos passos do caso VaideBet.
Segundo apurou o Meu Timão, Augusto recebeu seis torcedores. Entre eles, estavam Douglas Deungaro, o Metaleiro, ex-presidente da Gaviões da Fiel, Padinho, Nego Elson, Ronie, Kinho e Alemão.
A principal pauta foi a possibilidade do presidente ser indiciado por crimes financeiros no inquérito aberto pela Polícia Civil, que investiga o suposto desvio do acordo de intermediação da ex-patrocinadora para uma empresa "laranja". Os torcedores deixaram claro que, se as autoridades aprovarem a instauração da investigação, vão exigir a renúncia de Augusto Melo.
Além disso, de acordo com pessoas presentes, o tom da conversa foi de ameaça, como soube o Meu Timão. O grupo pediu todos os esclarecimentos ao presidente e ainda afirmou que, se houver o indiciamento e o presidente não se afastar do cargo, fará uma carta de renúncia para Augusto. O mandatário, vale lembrar, enfrenta um pedido de impeachment, mas ainda sem data definida para votação.
O presidente do Corinthians foi o último integrante do clube a depor na 3ª Delegacia, especializada em casos de lavagem de dinheiro, na última quarta-feira. Além dele, Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo do clube, e Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, também foram ouvidos. As três versões apresentadas foram completamente divergentes ao de Alex Cassundé, sócio da empresa Rede Social Midia Design LTDA, que teria repassado cerca de R$ 1 milhão da intermediação a uma empresa considerada fantasma.
A expectativa é a de que o inquérito seja concluído na primeira semana de maio. Caso positivo, os envolvidos serão indiciados, e o caso será encaminhado ao Ministério Público, que analisará as provas coletadas. A partir daí, um promotor poderá apresentar uma denúncia formal ou optar pelo arquivamento do inquérito.