Augusto Melo define perfil de contratação no Corinthians e fala sobre possíveis vendas no plantel
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Por Meu Timão
Augusto Melo vai atrás de reforços pontuais no meio do ano e quer manter o máximo de peças possíveis do atual plantel
Danilo Fernandes / Meu Timão
A próxima grande janela de transferências para o futebol brasileiro abre em julho. Augusto Melo quer definir um treinador antes de iniciar a procura por reforços no mercado. Segundo o presidente do Corinthians, o clube vai atrás das peças que o novo comandante precisar, mas sempre respeitando um perfil específico do clube.
“Minha grande contratação foi manter o elenco. Tive que dar aumento para alguns atletas, porque tive que aumentar a multa (deles). Temos um esqueleto muito bom, mas depende do nosso próximo treinador. Se houver necessidade, não vamos medir esforços para reforçar o elenco”, revelou o presidente em entrevista ao Flow Podcast, na última terça-feira.
“A gente procura contratar de comum acordo, dentro das nossas características. Primeiro lance do Memphis no último jogo, ele deu carrinho, a torcida aplaudiu. Isso é o Corinthians. Quando fomos contratar o Alex Santana, era um corinthiano de raiz. Não é só para a filosofia do treinador, são jogadores pontuais”, concluiu.
Em 2025, somente o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri chegou como reforço, mas a diretoria conseguiu manter as peças de destaque do elenco. A principal indagação, porém, fica por conta da zaga, já que foram 29 gols tomados em 27 jogos. Augusto falou se há necessidade ou não de contratar defensores.
“O Corinthians está esperando um novo treinador, ele tem uma filosofia de trabalho e ele vai nos dizer se há necessidade ou não (de contratar zagueiros), ou às vezes é posicionamento, enfim. Ele sabe como corrigir, a gente confia plenamente, mas o que ele precisar a gente não vai medir esforço, o Corinthians está no mercado sempre”, disse o presidente sobre a questão.
Na zaga, atualmente, as opções são: Gustavo Henrique, André Ramalho, João Pedro Tchoca, Cacá e Félix Torres.
Em contrapartida, da busca por reforços para a próxima janela, Augusto também se preocupa com possíveis saídas de jogadores. Em entrevista ao Meu Timão, Pedro Silveira, o diretor financeiro do clube, disse que a diretoria deve negociar um dos principais jogadores para bater a meta do orçamento de vendas. O presidente, por outro lado, fará de tudo para não ter perdas.
“É difícil falar quem deve ficar. Tem multa, certas propostas às vezes irrecusáveis. Eu recebi proposta irrecusável e recusei. Precisava desse elenco porque ele faz receita. Se depender de mim, não vou vender ninguém. Quero um atleta por dois, três anos, para valorizá-lo. Foi a conversa que tive com o Garro, momento maravilhoso, ele conseguiria ir para a seleção (argentina), ter títulos. A proposta que recebeu foi irrecusável. Além de tudo, ele quis ficar. Seguramos Yuri, Bidon, Matheuzinho. O máximo que eu puder segurar, vou segurar”, afirmou Augusto.
Vale lembrar que as investidas por Yuri Alberto aconteceram no meio do ano passado, quando o jogador recebeu sondagens do futebol inglês, italiano e espanhol. Já sobre Rodrigo Garro, o Timão recusou uma proposta de 25 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões) do Zenit, da Rússia.
Por outro lado, um dos nomes que o Timão não conseguiu segurar em 2024 foi Wesley, joia da base vendido ao Al-Nassr, clube de Cristiano Ronaldo no futebol saudita. Augusto Melo falou sobre a negociação e esclareceu o plano para novos jogadores da base, a exemplo de Bidon.
“Estamos mudando esse patamar (das vendas da base). Tínhamos a fama de vender muito barato. Olha o Murillo aí, sendo vendido por 60, 70 milhões de libras. Aqui poderia ser maior. Quando assumi, recebemos uma sondagem do Wesley de 8 milhões de euros. Eu falei pro empresário confiar em mim e vendi por 25 milhões de euros, maior da história junto com o bônus de 5 milhões”, disse.
“Breno Bidon teve sondagens absurdas, mas queremos mais um tempo de maturação. Não tenho dúvidas, ele é jogador de Premier League, Europa, é inteligente. Agora temos que valorizar e saber vender ele. Antes chegavam com qualquer dinheiro e vendiam, vamos vender pelo que ele vale”, finalizou o presidente.