Interino do Corinthians define próximos passos com Félix Torres após expulsão na Sul-Americana
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Por Matheus Fiuza, Matheus Pogiolli e Matheus Quintino

Félix Torres foi expulso aos 15 minutos do primeiro tempo na vitória sobre o Racing
Jhony Inacio / Meu Timão
O Corinthians bateu o Racing, nesta quinta-feira, mesmo jogando com um jogador a menos na maior parte do jogo, graças à expulsão de Félix Torres. Orlando Ribeiro, técnico interino do Timão, admitiu que terá uma conversa com o zagueiro por conta do novo cartão vermelho.
"Não vejo assim, de momento, a questão punitiva. Nós temos que ver os lances, com certeza vamos conversar, chamar ele para entender realmente o que aconteceu e, se for o caso, orientá-lo. É isso que vamos fazer", disse em entrevista coletiva na Neo Química Arena.
O defensor desfalcou o clube alvinegro aos 15 minutos do primeiro tempo, ao chegar atrasado e atingir Espinosa com a sola da chuteira, sendo expulso após revisão do VAR. O zagueiro equatoriano recebeu o segundo cartão vermelho pelo Timão, já que teve a mesma advertência na final do Paulistão, contra o Palmeiras.
"Nós não pensávamos em um jogo fácil, nem em goleada. Pensamos, como de início aconteceu, em uma linha mais baixa da equipe deles. Aí tivemos um pouco mais de dificuldade por estar com um a menos, mas, em nenhum momento, pensamos em facilidade ou goleada. Precisávamos vencer. Mais pra frente, a gente vê se vai precisar de mais gols, se vai precisar arriscar um pouco mais. Hoje, o importante era vencer para manter a chance", explicou Orlando.
Ao contrário do esperado, o treinador não realizou alterações e puxou Raniele para formar dupla de zaga com Gustavo Henrique. Apesar da relutância inicial, o meio-campista se tornou um dos nomes mais elogiados pela Fiel devido à atuação, que ganhou a confiança de Orlando Ribeiro no intervalo. O camisa 14 já havia jogado como zagueiro no início da sua carreira profissional.
"Tudo é novo pra mim. Não vou dizer que foi fácil. Tivemos que pensar rápido. O que imaginei, logo com a expulsão, foi como a equipe se portaria, se o Raniele daria conta do recado. No intervalo, chamamos ele e perguntamos como estava se sentindo. Ele confidenciou que já jogou de zagueiro, que já foi zagueiro. Como a equipe até melhorou um pouco, optamos por não mexer. Conversei com o André (Ramalho), dei parabéns a ele pela paciência. Tinha o Cacá também no banco, mas preferimos ver como a equipe reagiria. E acho que deu certo, porque conseguimos equilibrar", explicou.
A desvantagem numérica teve efeito contrário no Corinthians, que pressionou na primeira etapa e chegou ao gol, com Romero, no início do segundo tempo. Depois, no entanto, o clube perdeu ímpeto e precisou contar com defesas de Hugo Souza e um corte de Matheuzinho em cima da linha para garantir o primeiro triunfo no torneio. Orlando Ribeiro negou que o fator físico tenha sido preponderante para a mudança de domínio na partida.
"Não. Hoje foi mais pelas circunstâncias. O adversário, com um a mais, precisava atacar. Se eu estivesse do outro lado, faria a mesma coisa. Colocaria até mais atacantes e tentaria pressionar, como eles fizeram. Não vejo como questão física. Pelo contrário, estávamos com um a menos desde os 12 minutos do primeiro tempo. Então, se teve alguma queda, foi pelo esforço. Eles correram, sustentaram. Tanto que eu não mexi na equipe no primeiro tempo, só fui mexer com 15, 20 minutos do segundo", finalizou.
O triunfo manteve o Corinthians na terceira posição do Grupo C, com quatro pontos, um a menos que o América de Cali, que ocupa a zona de classificação para os playoffs. O clube alvinegro volta a campo no próximo domingo, às 16h, contra o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão.