A eleição que vai definir o novo presidente do Corinthians só acontecerá em fevereiro de 2012, mas o ambiente político do clube já apresenta sinais de conturbação. O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Senger, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira para criticar Andrés Sanches.

Ele alega que o mandatário do clube alvinegro cometeu um ato ditatorial ao convocar e agendar uma reunião com os conselheiros do clube sem passar pelo consentimento da alta cúpula do Conselho Deliberativo.

- A reunião convocada pelo Andrés é arbitrária. Não existe mais ditadura. A lei é o parâmetro das nossas vidas. Para que haja uma reunião extraordinária, o pedido tem de ser fundamentado e haver um requerimento oficial. O presidente do clube não fez esse pedido. Ele deu um tiro no pé, assinou o atestado de ditador – argumentou Senger.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, o objetivo de Andrés ao reunir os conselheiros é convencê-los da necessidade de uma mudança no estatuto do Corinthians.

- O Andrés e os conselheiros da sua chapa querem mudar a forma de voto. Querem instalar urnas eletrônicas já para a próxima eleição. A mudança que eles gostariam de fazer é estéril, é imutável – afirmou o presidente do Conselho, que acha o voto escrito mais confiável.

Senger afirma que pode ir à justiça para tentar impedir que o presidente do clube se reúna com os conselheiros sem o aval dele.

Apesar de ter participado da reunião de assinatura do contrato de construção do estádio juntamente com o ex-presidente Lula, Andrés Sanches e executivos da construtora Oderbrecht, Senger quer cobrar algumas explicações do presidente do Corinthians acerca do Fielzão.

- É necessário que o presidente mostre ao Conselho o contrato, os termos e as condições da construção do estádio. Até agora não sabemos que é que vai pagar a conta – finalizou.

Fonte: Globo Esporte