Elcio Oliveira
Parabéns pela sugestão.O Bielsa fazia algumas coisas assim e mts o chamavam de maluco, depois virou referência pra Guardiola, Sampaoli, entre outros.
Mas o técnico precisa ter coragem, não sei se é o caso do Carille
em Análise dos jogos > Explicando o 3-6-1 com dois laterais e um zagueiro do outro tópico
Em resposta ao tópico:
No tópico que eu digo que chega de identidade retranqueira, eu falo que se fosse técnico faria um 3-6-1 com dois laterais e um zagueiro na defesa. Choveram críticas, a maioria mal educadas, falando pra eu sair do vídeo game e etc.
Então vou tentar ser didático.
Os laterais nesse esquema, são laterais à moda antiga, que só chegavam no máximo a intermediária. Inclusive, um dos primeiros laterais que fazia a ultrapassagem, chamada de overlapping pelo Cláudio Coutinho, foi o Carlos Alberto Torres.
Ou melhor, pensem neles como zagueiros habilidosos, de no mínimo 1,78 de altura e rápidos. Com o time sem a bola, eles viram zagueiros abertos. Se o ataque adversário for pelo meio, eles centralizam. Se for pelas pontas, a defesa toda se desloca na direção em que está sendo atacada. O lateral mais próximo vai para o bote e o outro forma como zagueiro.
É só ver jogo do Guardiola, ele faz isso o tempo todo. Na última Premier League, o Delph era esse lateral zagueiro.
Agora, quando o time tem a bola, eles abrem pra dar opção de passe nas laterais, pois têm capacidade pra isso. Até por isso, é melhor que sejam laterais de origem ou zagueiros muito rápidos e habilidosos como o Bruno Mendez e até o Léo Santos. O Carlos Augusto é outro, que era zagueiro e virou lateral.
O primeiro volante faz o papel do quarto zagueiro antigo, que é o do primeiro bote. Antigamente, o zagueiro central cobria e o quarto zagueiro saia pra dar o bote. Não vejo mais isso no futebol. O Ralf é perfeito pra isso.
Os dois segundos volantes, são os meias ingleses do 4-4-2 da década de 90 e 00. Estilo Gerard, Scholes e Lampard.
O meia centralizado, Pedrinho no caso, vira o maestro do time. Sem obrigações defensivas pois o time está bem postado no meio de campo com outros cinco jogadores. Ele pode e deve flutuar por onde ele quiser do meio para frente.
Os dois alas, jogariam como jogam os alas no Corinthians hoje, acompanhando o lateral. É primordial que façam isso. Por isso eu coloco o Fagner de ala na direita e o Everaldo/Clayson na esquerda. Eles têm pulmão e sabem marcar. Como seria o Romero também.
O centroavante deve fazer o pivô e abrir nas pontas quando necessário, mas nunca voltar para o meio de campo para não ocupar o mesmo espaço do Pedrinho.
O 3-6-1 pode variar facilmente durante o jogo para um esquema com 4 zagueiros. Um dos laterais vira zagueiro de fato e o ala recua para ser lateral. Ou o volante recua pra zaga e um dos segundos volantes passa para primeiro volante.
Bom, espero ter elucidado minha ideia de esquema se fosse técnico de futebol.
Aliás, é um sonho antigo que infelizmente não conseguirei realizar. Eu teria que ter tentado antes. Estudei bastante, vejo muito jogo observando a movimentação. Não fico jogando vídeo game como muita gente disse no outro tópico.