Marcelo Silva Apoiador
César, concordo contigo com relação ao sistema defensivo e a falta de tudo quando fala-se em sistema ofensivo, basta (re)ver o que foi domingo em Brasília (quantos minutos aqueles jogadores que finalizaram o jogo treinaram juntos? ). Durante esses 10 vitoriosos anos, tentamos por vezes mudar esse esquema e não funcionou.
Discordo com relação ao esgotamento. Apesar de termos como um dos nossos mantras 'ser sofredor', tem ficado cada vez mais sofrido, embora, tivemos bons inícios de jogos em que sufocamos o adversário, mas como há tempos costumo questionar: e o goleiro trabalhou? Não vejo isso apenas como um problema do Corinthians, são raras as exceções - e por vezes momentâneas - no futebol nacional. No início de 2015, Tite vinha de um ano sabático e fez o time jogar o fino da bola até aquela maldita entrevista ao Esporte Espetacular. Teminamos campeões brasileiros mas em uma queda de rendimento - pós entrevista - nos custou a eliminação da Libertadores.
Acho que o tema dá um debate longo, inclusive e principalmente sobre os 'talentos' que - não - temos aqui para poder 'arrebentar' com os sistemas defensivos que muitos times brasileiros aprenderam a utilizar tão bem.
em Bate-Papo da Torcida > O fim (necessário) de uma era
Em resposta ao tópico:
Foi criado no Corinthians nos últimos anos um jeito de jogar. Nesse jeito, se privilegiou a defesa. Com, sobretudo três técnicos: Mano, Tite e Carille, algumas variações, mas a prioridade sempre foi o sistema defensivo.
Hoje com Carille está ficando claro que o sistema se esgotou e, pra mim, escancara o limite do treinador que não consegue fazer variações. Carille só sabe montar o time para se defender. Quando tem que atacar é um horror. O time se perde nas linhas. Fica todo bagunçado e todos os times já sabem como enfrentar o Corinthians.
Mesmo em Itaquera e mesmo contra times pequenos ou médios, o jogo se desenvolve, via de regra, no campo de defesa. A qualquer momento podemos tomar um gol. Se Cássio, Ralf (que agora é banco, o que eu não entendo já que para se defender é um dos nossos melhores jogadores) ou os zagueiros não estiverem num bom dia, o risco se torna grande.
De uma forma ou de outra, o jogo é sempre tenso.
Eu penso que já está na hora de estabelecer um outro jeito de jogar e é a diretoria de futebol que deve cobrar o técnico a trabalhar variações. Variações que eu acho que o Carille não é capaz, mas tem que ser cobrado.
Apenas para lembrar: ganhamos o Paulista e o próprio Carille, humilde e sinceramente, disse que não foi merecido (não ter perdido de goleada para o Santos no Pacaembu foi por puro acaso e pelo Cássio) e podemos ainda ganhar a Sul-Americana mesmo jogando muito mal, mas terminamos em 13° no Brasileirão passado e por um tempo, flertamos com a zona de rebaixamento.
Eu acho que está na hora de repensar.