Rodrigo Martins
Essa situação aí, vem de antes de Andrés, na época de Dualib muitos ficaram até hoje, mudam de chapa, de cor e continuam dirigindo o time em depois distintos do futebol do clube, ficar aqui reclamando de nada adianta, um time como o Corinthians tem que investir, o problema são esses diretores que tem o maior clube do Brasil, e não faz nada diferente pra impulsionar os ganhos com criatividade, e a torcida ao invés de mudar essas formas de eleições do Clube, preferem reclamar, como um clube com o tamanho do Corinthians, não tem um patrocínio que preste, um investidor que acredita no clube por conta desses diretores de merda que temos... Hora de mudar o pensamento, maneiras de investir, chamar a torcida, e não burocratizar, formalizar e ter planos de torcedores que só é vantajoso para quem é de organizada... Cadê o time do povo? Estamos vendo que depender do playboy que vão na arena, os camarotes caros, e a organizada não paga dívida de clube algum...
em Bate-Papo da Torcida > Entendendo a dívida do Corinthians
Em resposta ao tópico:
Entender a evolução das dívidas dos clubes de futebol não é fácil. Nos últimos meses, a impressionante crise financeira e institucional do Cruzeiro, que culminou no rebaixamento do clube mineiro, ligou um sinal de alerta para as torcidas dos grandes clubes do Brasil.
Dentre eles, talvez o caso mais difícil de analisar seja o do nosso Corinthians. A gestão Andrés Sanchez, que nunca se notabilizou pela transparência (apesar de levar essa palavra no nome da chapa eleitoral), tornou o acesso a informações ainda mais difícil em 2019. Se em 2018 em divulgados balanços mensais, em 2019 apenas um balanço completo foi divulgado, ao fim do primeiro semestre. E o susto foi grande: déficit de cerca de R$90 milhões.
Como entender um déficit deste tamanho? A despesa com jogadores e pessoal é o carro chefe, com 113 milhões, o que resulta numa despesa mensal de cerca de 19 milhões mensais APENAS com a folha salarial e demais contratos. As despesas totais do futebol chegam a 34 milhões ao mês.
Tal cifra é absolutamente insustentável quando se considera que as receitas mensais sofreram redução em relação a 2018 devido à mudança nos contratos de televisão, que passaram a dividir o valor igualmente entre os clubes, com premiação por colocação no campeonato e pagamento por jogo transmitido. Com isso, as receitas no primeiro semestre, somados direitos de TV, patrocínios, Fiel Torcedor e vendas de jogadores, ficaram em cerca de 30 milhões ao mês.
Isso por si só já significaria o aumento do déficit em R$ 4 milhões ao mês, mas a situação se complica mais quando computadas as despesas financeiras (onde entra o pagamento das dívidas), que soma mais R$ 3,5 milhões ao mês. Recentemente o Corinthians teria feito um empréstimo milionário junto ao Banco BMG, e por melhores que sejam as condições de pagamento (talvez isso explique um contrato de patrocínio tão desfavorável com esse mesmo banco), a conta chega, e chega todo mês.
Além disso, temos os gastos com o clube social e modalidades amadoras, que custam quase R$ 4 milhões ao mês.
As justificativas da gestão Sanchez para esse quadro são pífias. Quando questionada pelo conselho deliberativo, a gestão culpou ao gasto com contratações, a ausência de vendas de jogadores e, PASMEM, o direcionamento da bilheteria ao pagamento da dívida da Arena. Como isso pode servir de desculpa quando todo e qualquer corinthiano sabe que o clube não pode contar com a renda de bilheteria até pagar o estádio?
O atual quadro demonstra que para evitar o colapso financeiro iminente, é necessária uma diminuição drástica dos gastos e do déficit financeiro. A dívida do clube saltou de R$ 460 milhões em 2018, segundo o Itaú BBVA, para cerca de R$ 700 milhões ao fim de 2019. É quase inacreditável. E o pagamento de contas de TV agora no fim do ano não serve para remediar a situação, pois o grosso dos direitos de transmissão e Pay-Per-View já foram recebidos.
Por outro lado, ajuda o fato de a comissão técnica de Thiago Nunes receber bem menos que a de Carille. Penso ainda que o bom desempenho do clube em modalidades como o Futsal e o Basquete, e sobretudo a temporada maravilhosa do Futebol Feminino, devem ser usadas pelo departamento de marketing para impulsionar receitas e recuperar os investimentos feitos.
Mas nada disso adianta se o clube não reduzir os gastos com salários, luvas, etc.(o que significa pouquíssimas contratações pontuais), se não fizer boas vendas (Pedrinho e Vital devem ser as soluções), e se a dívida do clube com os bancos não for solucionada. Além da pauta de direito a voto dos associados, que é fundamental, essas questões devem fazer parte das reivindicações da torcida.