Lima Lima
O ano de 2007 jamais será esquecido pelo torcedor do Corinthians.
Não cabe me alongar nesse assunto, tendo em vista que foi o pior cenário já visto na história do clube, uma vez que foi cercado por polêmicas que extrapolaram as quatros linhas, sendo o total reflexo de uma administração literalmente criminosa e que em 2 anos se afundou numa areia movediça impossível de sair.
Da lama ao ressurgimento das cinzas.
A volta do Corinthians ficou marcada por um show espetacular da torcida durante a campanha na série B e pela chegada de Ronaldo em 2009 que culminou numa ascensão jamais vista no futebol brasileiro.
O Corinthians ganhou absolutamente tudo que um clube almeja e atingiu patamares financeiros invejáveis até se criando as possibilidades de termos nossa própria casa e de pensarmos em contratações verdadeiramente milionárias.
A lógica do clube, na verdade, era muito simples. O país em alta, a economia bem, o time em alta e as finanças bem, por quê não tornar tais possibilidades em algo concreto?
Porém, o projeto inteirou passou a se definhar com investimentos furados, modelo de gestão de lucros da Arena Corinthians completamente contraproducente (além da questão do naming rights e CIDs) e diretores/gerentes/presidentes que claramente não souberam conduzir as engrenagens do clube.
Hoje, as dívidas do Corinthians são o reflexo de anos de endividamento e elas não param de crescer. Segundo matéria publicada aqui no Meu Corinthians, inclusive, as dívidas aumentaram mais de 500% desde o início da gestão atual.
Nesse sentido, a música que dá nome ao título do texto contém um trecho significativo '...do caos à lama, um homem roubado nunca se engana', o qual retrata o exato sentimento da Nação Corintiana frente a atual crise financeira enfrentada pelo clube e o medo do atual caos retornar à lama de 2007.
Por essa razão, o projeto do Roberto Piccelli (advogado e colunista do Meu Timão) deve ser enaltecido pela torcida, pois surge como um oásis nesse deserto de boas ideias que aparenta a gestão atual do clube.
Tal projeto prevê um novo Estatuto que vai coibir gestões temerárias pelos dirigentes, além de incluir novos limites de gastos e de atletas profissionais, entre outras previsões.
De qualquer forma, a fiel torcida tem que continuar pressionando o clube, mas não por grandes contratações e, sim, por uma gestão digna da grandeza do maior clube do futebol nacional.
Vai, Corinthians!
em Bate-Papo da Torcida > Da lama ao caos: breve análise dos últimos 12 anos do Corinthians