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Adeus Patrocínios Arcaicos: Parte 2 - Fatores para Ascenção Milionária!

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Athus 152 posts

Publicado no Fórum do Meu Timão em 03/01/2020 às 13:39
Por Athus Henrique (@athus.henrique1)

Adeus Patrocínios Arcaicos: Parte 2 - Fatores para Ascenção Milionária!

Vamos a segunda parte!

Na Parte 1, vimos pontos que mostram que não é folclore e nem impossível hoje termos uma arrecadação com parcerias, patrocínios e acordos comerciais 'milionários' e nesta parte trarei opções par melhorias do Marketing Esportivo do Timão!

Hoje nosso país tem passado por muitas dificuldades, isso é um fato, mas ainda sim se torna um mercado rentável, principalmente a custo benefício e valorização do dolar.
Olhem o exemplo:
Nike paga 20 milhões de dólares para o Manchester City da Inglaterra, enquanto para o Corinthians ela precisa apenas desembolsar 1/4 desse valor, U$ 5 a 6 milhões de dolares. Outro ponto, atualmente o Liverpool irá mudar para a Nike. Deixando de receber os U$ 55 milhões. O contrato com a Nike renderá 'apenas' U$ 40 milhões fixos.
Opa, pouco né? Não é mesmo!
Nike pagará ainda royalties de 20% sobre as vendas líquidas de produtos do clube e isso garantirá números maiores em um contrato com a marca. Isso significa um acréscimo anual de mais U$20 a 30 milhões/ano, em base nas vendas de produtos do Liverpool/New Balance 2018/2019.
Enquanto isso a Nike paga U$ 6 milhões e o menor royalties do futebol que estão entre U$ 800 mil a 1 milhão/ano, somando cota fixa e royalties, chega de R$ 30 a 40 milhões/ano.
Já que estamos falando sobre material esportivo, vamos ao primeiro fator.

*1 - Contrato Material Esportivo - Nós temos a força!

Recentemente, muitos clubes tem feito a verdadeira dança de cadeira de fornecedores, alguns clubes criando suas próprias marcas! E com isso em 2020 seremos o único clube Top da Nike no Brasil, Internacional trocou a Nike pela Adidas, receberão R$ 15 milhões/ano, mais royalties.
Um fator interessante e mostra nossa força, é que vendemos em média 975 mil camisas/ano, uma arrecadação de 300 milhões de reais, observe que estamos falando apenas de camisa! O contrato da Nike vai até 2029, somando royalties e cota fixa, o desembolso total, será de R$300 a 400 milhões. Ou seja, em um ano de vendas a Nike pagou todo o contrato.
Enquanto o Flamengo recebe da Adidas (a mesma que tentou fechar conosco antes deles e recentemente antes de SP e Palmeiras), R$42 milhões fixos, royalties e a cada ano recebe parcelas de R$13 a 18 milhões, esse ano o valor fixo chegará a R$ 60 milhões, fora os royalties que podem elevar esse valor acima dos 80 milhões de reais
O São Paulo fechou com a Adidas, receberá R$ 15 milhões/ano, mais 26% em royalties. Puma que tentou atravessar a renovação Nike/Timão, assinou com o Palmeiras e pagará R$ 25 milhões/ano e royalties.
Qual nossa maior vantagem? Temos o contrato mais longo de fornecedor! Que Legal! Mas a felicidade termina... O Boca Juniors usou Nike durante 24 anos, e a trocou pela Adidas. Simplesmente por enxergar vantagens maiores e valores justos. Um contrato longo traz segurança e conforto, porém trás o comodismo, agremiações esportivas no mundo tem trocado seus fornecedores para evitar isso, não estou dizendo para trocar, mas avaliar e fazer mudanças neste contrato. Não quero dizer que o Timão deve receber os 300 milhões de reais/ano do Real Madrid/Adidas, mas não é justo um clube com história, tradição, maior torcida e 18 títulos durantes os últimos 10 anos, ganhar menos que times que amargam sem títulos, rebaixados ou que se consagraram esse ano.
Esse fator mostra que se conformar com 40 milhões por ano é algo inviável e duvidoso, se podemos chegar a receber até 100 milhões/ano. Primeira mudança: Contrato Material Esportivo, usando o poder de vendas que temos!

*2 - Arena Corinthians - Uma faca de dois gumes.

Fiquei muito feliz quando foi anunciado a construção do nosso estádio, depois do gosto amargo da Série B, nossa casa selaria nossa Ascenção e 2012.
Daí por diante vieram mais títulos e uma dor de cabeça, Namings Rights, Operação Lavajato e outras dores...
Isso foi um dos fatores que manchou um pouco a história e dificulta negociações.
O maior erro está na forma como a Arena foi construída!
Palmeiras ao construir seu estádio, foi esperto, fechou com a WTorres, uma forma de sócios, que investiu dinheiro privado e foi atrás do seu retorno. O primeiro, foi antes de iniciar uma construção, evitar o batismo e apelidos, anunciaram a venda do Namings Rights, Allianz Parque, porém durante 20 anos a WTorre recebe a maior fatia da arrecadação do estádio. Muitos criticaram dizendo que a casa não era deles, mas foi uma parceria de sucesso que está sendo adotada pelo Atlético MG de uma forma mais moderna em sua nova casa, que já tem nome, Arena MRV. A MRV dará nome ao estádio, em troca construirá a nova casa mineira. Esse formato tem sido adotado por alguns clubes europeus, que antes de começar a construção buscam um acordo de NRs para viabilizar uma garantia para quitação da dívida!
Ok, foi um erro nossa casa?
Em partes sim, a forma da busca de investimentos, aceitar arcar com uma enorme dívida e não nomear o estádio antes da construção foi o erro! Mas tem solução...
Em um evento, conferência ou em um festival de música, as pessoas adoram interagir com intervenções artísticas. Passear pela obra de arte, ao redor dela ou inclusive fazer parte dela, as intervenções artísticas chamam atenção e envolvem o público de uma forma diferente de qualquer outra ativação de marca.

Na comemoração dos 20 anos do canal Food Network em 2013, o evento utilizou 11 intervenções artísticas diferentes para atrair os participantes e recordar os 20 anos de evolução no setor da alimentação. Os convidados eram recebidos por uma grande torre em forma de “bolo” de aniversário com TVs antigas brancas exibindo antigos clipes do Food Network. A obra foi mantida, mas em vez dos antigos clipes do Food Network, as TVs exibem clipes antigos do patrocinador do evento NY1.

Explicando:
Hoje nossa Arena possui vários telões e um grande telão externo.
A Arena pode ser um dos fatores para valorizar os acordos e uma forma de fazer ela se manter sozinha.
Usar a arena como forma de divulgação de publicidade através dos telões geraria uma receita que pode ter pacotes por eventos, mensais e anuais. As empresas que já fecharam acordo com a Arena, podem ser as primeiras a terem anúncios transmistidos pelos telões, um chamariz para outras. Quem aqui nunca foi em uma Lotérica e viu uma TV transmitindo anúncios, séria igual na Arena.
Outro ponto enquanto o Naming Rights não vem, seria a nomeação dos setores que custaria menos as empresas.
A empresa que comprar um Naming Sectors, poderá personalizar a área com sua marca e teria seu nome nas placas daquele setor, direito a um camarote e anúncios nos telões.
Outro ponto é a exploração de novas lojas e ideias para trazer o público em dias sem jogo. Um hotel séria interessante como a diretoria almeja, mas acredito que reduzir o espaço seria inviável, talvez um hotel usando o espaço livre fora da Arena criando uma conexão hotel e estádio. Que tal alugar um dos ambientes na Arena para lojas conceito, a criação de um mini comércio. Kalunga seria interessante.
E mais um ponto, hoje a Arena conta com 10 setores, sendo norte e sul com maior espaço, negociando esses dois por $5 milhões e os demais por $3 milhões, receita extra de R$ 34 milhões/ano. Na última explicação pagamento arena, o Timão paga $ 60 milhões/ano, só ai temos metade. Ou seja, com Naming Sectors, acordos publicitários e exploração comercial da Arena, acredito que chegamos aos 60 milhões de reais sem ter que retirar de bilheteria que seria um reforço para os cofres.

*3 - Tendência Mundial - Comunicação & Conexão!

Quem aqui não assiste a Vídeos? E os Ao Vivo?
Vídeos ao vivo podem ampliar o alcance e ter um impacto real sobre o resultado final. De fato, 30% das pessoas que assistem a um vídeo transmitido ao vivo participarão do mesmo evento no ano seguinte. Oferecer transmissão ao vivo como um item no pacote de patrocínio pode proporcionar às marcas uma oportunidade de atrair os públicos nos nichos de mercado.
Por exemplo, a Toyota patrocinou a transmissão ao vivo do festival de música country Stagecoach de 2016 através do Tumblr e Yahoo (evento parecido ao Coachella, que atraiu cerca de 75.000 fãs). O reprodutor de vídeo incluiu a marca da Toyota na parte superior da página, bem como vídeos curtos de 30 segundos antes que o conteúdo fosse exibido.
Nancy Inouye, gerente nacional de mídia da Toyota, à AdWeek. “Ser capaz de passar um excelente vídeo ao vivo em um dos maiores eventos de música country nos ajudou a ampliar nossa presença no espaço musical com a nossa marca como protagonista”.
Agora imagina a produção de conteúdo exclusivo nas redes sociais, treinamentos ao vivo, pré jogo, entrevista especiais. O maior erro dos clubes é deixar que todo o entretenimento midiático seja realizado por uma emissora que arrecada o que poderia estar entrando nos cofres do clube. Apostaria até em um Streaming.
E em dias de jogos, depois de ter todas as opções existe uma outra que reforçaria a patrocinadores x torcedores!
Todo mundo adora brindes, especialmente quando são úteis ou inesperados. Brindes e prêmios são excelentes ativações de marca que podem ser usados para criar um pacote de patrocínio, especialmente se vincularem a oferta a algo baseado em experiência, como uma viagem.
Os participantes ficam ansiosos para participar e fornecer suas informações no processo, transformando este pacote de patrocínio em uma poderosa opção para gerar leads/interesse. Uma opção também para alavancar o Sócio Torcedor, prêmios menores, como camisas, dia com elenco, vouchers e descontos, seriam sorteados durante o jogo para todos, porém prêmios maiores, como celulares, console de jogo, dinheiro e viagem seria exclusivo para sócios torcedores e outros critérios. Isso já é usado em algumas ligas e outros esportes como NHL, NBA e NFL.
Só nessa jogada, criamos oportunidade de novos acordos, empresas de tecnologia, empresas de viagens e financeiras.
Não adianta ter um produto e não ter vantagens para quem compra ou acompanha. Ter conexão com o público alvo, faz toda diferença e ajuda a trazer novas parcerias!

Nessa parte podemos ver três opções básicas, Material Esportivo, Arena e Comunicação com quem compra, a Torcida. E ambos estão conectados, quanto mais tempo aparecer em destaque mais a marca atinge outros públicos.
Somos uma potência nacional e temos que abusar disso.

Finalizarei esse assunto no próximo tópico!

Até mais...

Fontes:
The Suns
Forbes
marketing Esportivo
Lance
Globo Esporte
Maquina do Esporte
Meu Timão
Sites Oficiais de Clubes (citados*)

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@joao1.8 em 03/01/2020 às 14:02

Mano, no podcast #27 do GE que o Caio Campos participou ele falou que eles estão abertos a sugestões e tudo mais, não sei como mas você tinha que passar isso para os caras! Parece ser promissoras essas ideias

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@henrique.ribeiro22 em 03/01/2020 às 17:06

Meu deus, da onde veio esse cara?

Cadê o advogado que está fazendo o novo estatuto?

Meutimão, ajuda o cara aí, leva esse cara no CT do Corinthians, faz esse cara ser contratado pelo o amor de deus.

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Apoio tudo o que você falou, o difícil é convencer a diretoria que só pensam em encher seu próprio bolso e não querem nem saber da evolução do Corinthians.
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@vinicius.andrade23 em 04/01/2020 às 13:48

Por favor cara, tente transmitir essa ideia em diante, o clube precisa disso

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@thierry.rodrigues1 em 03/01/2020 às 23:29

Essas renovações por décadas com material esportivo é uma merda! Perdemos barganha e perdemos valor com o passar do tempo. Contrato com a Nike acabando em 2019 teríamos um balcão gigantesco de negócios para atrelar a nossa marca e ganharíamos muito mais.

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@vagner.silva13 em 03/01/2020 às 22:39

Um dos melhores típicos que já vi por aqui

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@claudiofsantos em 03/01/2020 às 21:21

No meio do caminho tem um Andre$ $anchez...Tem um Andre$ $anchez no meio do caminho!

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@josue.araujo2 em 03/01/2020 às 21:14

INFELISMENTE o pessoal do Corinthians não vai nem olhar esse texto

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@jaoteixeira em 03/01/2020 às 16:24

Mano do Céu. Ainda tem continuação?

Jura? Preciso muito do emprego.