Henrique Sccp
Do mesmo episodio Drogba no Corinthians, gente negociando em nome de fulano, mas na verdade é só história... Enquanto isso os acreditadores de Papai Noel continuam fantasiando e criando expectativas e teorias da conspiração
Todo dia é a mesma conversa 'Amanhã é o dia D', nesta conversa não caio mais
em Bate-Papo da Torcida > Novela Rony - 1a temporada completa!
Em resposta ao tópico:
Salve galera!
O Napoleão de Almeida, jornalista com muito contato em Curitiba, fez uma thread no Twitter que explica bem em detalhes toda a novela Rony. Como todos, espero que essa novela realmente se encerre logo!
Segue um breve resumo:
Tudo começa quando o agente Luis Augusto Carvalho, Luisinho Piracicaba, procura os agentes de Rony falando em nome do Corinthians - daí o argumento do Timão de que 'nunca fez proposta alguma'. Não fez, mas fizeram pelo clube.
O Athletico então chamou Rony para conversar e tentar renovar o contrato que vence apenas em Julho-21. Rony não concordou com a proposta e foi afastado da viagem para os amistosos na Argentina.
O Athletico ofereceu contrato até 2023 com reajuste de 50% sem luvas; Rony não aceitou, mas tem contrato a cumprir de toda forma. Aqui nasce a primeira disputa: e em caso de venda, como já se especulava, qual seria a partilha dos direitos econômicos do jogador?
O Athletico tentou renovar novamente, e novamente ouviu não. E, sem uma postura oficial do Corinthians, o presidente Mario Petraglia fechou a negociação apenas para propostas oficiais. E aí entra o Palmeiras.
O Palmeiras recebeu a informação de que o Athletico se dispõe a negociar Rony, desde que seja contactado formalmente. E assim foi feito pelo Verde.
O Furacão então pediu 48h para dizer sim ou não à proposta do Palmeiras. Esse prazo vence nesta sexta. A janela pela resposta tem duas razões: 1) acertar a situação entre CAP e Rony; 2) ver se alguém mais entraria no negócio oficialmente. E quem seria? Vocês sabem.
O Palmeiras ofereceu 4 anos de contrato e luvas, mais um salário que seria algo que representa 250% de aumento (não falo valores de salário, considero invasivo). Ficou então a pendência entre Athletico e Rony pelo sim. Anderson Barros foi pessoalmente à Curitiba.
O Corinthians - ou um representante - eram aguardados em Curitiba ou com um contato oficial, na terça. Não aconteceu. O aviso era de que o Timão não havia levantado a grana e sairia do negócio. Mas, hoje pela manhã, houve sinalização contrária - não confirmada pelo Timão.
Corinthians e Rony já tiveram conversas e já acertaram, bem antes, padrões de salário; Palmeiras e Rony, idem. A diferença, por ora, é de que o Verdão se dispôs a entrar na negociação também entre Rony e Athletico pela liberação.
Não necessariamente teria jogador envolvido. O Athletico, aliás, prefere dinheiro. Mas poderia ter. Seja como for, há uma pré-disposição maior do CAP em tratar com a SEP do que com SCCP, que ainda não fez (até 12h de hoje) contato oficial.
Com a possibilidade de o Corinthians ter encontrado o investidor, renasceria na briga pelo jogador. Não sei onde ele prefere jogar, é algo muito pessoal e ambas as propostas são boas. Aliás, a partir daqui, algumas observações:
1) Negociações assim são complexas e mexer com valores altos e gente poderosa nos clubes. Ego conta muito. O que vale agora pode não valer daqui a pouco.
2) São muitas pessoas no caso e diferentes apurações. Respeito todas. Ao contrário do que muitos imaginam, do lado de cá (imprensa), a gente se dá bem e troca informações - praticamente o tempo todo.
3) A entrevista de Duílio Monteiro Alves ao
@capelareal
Deixa em aberto essa situação. Ele diz basicamente o que vale pra nós aqui: a verdade de hoje não é a de amanhã.
4) Não haveria melhor reforço para o Athletico do que manter Rony, sem dúvida. Mas o clube se vê de mãos atadas por duas razões: A) o jogador ficou com clima ruim no clube (não com os colegas, mas com a direção) B) O CAP estabelece um teto. Se sobe pra um, pesa com outros.
5) Luisinho Piracicaba foi o mesmo intermediador da saída de Nunes do Furacão ao Timão. E o que ele faz é o trabalho dele. Aliás, nesse ramo, ninguém é anjo ou demônio. São negócios.
6) Por fim, a gente fala em Rony e considera a pessoa física. Não é apenas assim. Há muita gente que é 'Rony' no caso. Jogador é mais PJ que qualquer coisa nesses casos.
