Meu Timão

É claro que de agora em diante haverá uma corrida aos Tribunais por parte dos jogadores para reivindicar horas extras e reflexos em outras verbas tais como FGTS, férias e 13º salário amparados pela decisão altamente polêmica do Tribunal Regional do Trabalho, dando amparo a reclamações por terem jogado aos domingos e em período noturno.

Desde que o futebol foi inventado o dia em que ele é mais praticado e assistido é o domingo. Nos dias de semana salvo casos muito pontuais as partidas ocorrem no período noturno. Não se soube até hoje que algum jogador tenha recorrido à esta reclamação nos tribunais; e o que vemos com muita frequência até de maneira justa é o jogador acionar o clube porque este ficou devendo salários, férias, direito de imagem e outras tantas verbas a que o jogador tinha direito.

É claro que estão se baseando numa lacuna dos contratos, numa falha dos departamentos jurídicos de cada clube para 'abiscoitarem' mais alguns milhares de reais. Esse tipo de acionamento é um pouco mais compreensível quando feito por aquele ex-jogador que está dependendo de favores para sobreviver, mas quando feito por jogador na ativa ou por ex-atleta que ainda milita no mundo esportivo como diretor, assistente técnico ou qualquer coisa assim me parece um tiro no pé.

Os clubes que já estavam à beira da falência, se condenados a pagarem por mais essas verbas só terão antecipado o fechamento das portas.

No entanto como a moeda tem sempre dois lados, os clubes que nunca se uniram nem mesmo quando o interesse é o bem comum esportivo, talvez tenham agora um motivo mais do que especial. Cada jogador, ex-jogador atualmente dirigente ou pertencente a comissão técnica que entrar na justiça pleiteando especificamente essas verbas, não encontrará mais trabalho em nenhum clube do Brasil. É hora dos clubes se unirem porque se assim não o for, todos voltarão a ter futebol apenas como um esporte amador.