Meu Timão

Bom dia bando de loucos! Primeiramente, gostaria de avisar que estou de volta ao Fórum. Fiquei um tempo afastado por conta de estudos, mas a partir de hoje estarei com maior presença.

Dito isso, vamos ao que interessa: Criei esse tópico para fazer uma reflexão sobre o técnico Vagner Mancini e sua relação com o futuro do Timão.

Bem, não é novidade para ninguém que o Corinthians 2020/2021 é de longe o pior Corinthians dos últimos anos, um elenco mal montado, limitado e sem reservas no banco. Sempre temos que torcer para uma boa partida dos titulares, pois, dificilmente alguém do banco vai resolver a partida.

No entanto, com os últimos jogos, principalmente contra Bahia, RB Bragantino e Athletico-PR, me veio a seguinte questão: Será que Mancini chegou ao 'seu limite'?

Antes de tudo, quero comentar que Mancini não é nem de longe o problema desse time, ao contrário, devemos agradecer a ele por ter nos livrado do rebaixamento. Mas... Será que é só isso que ele tem a oferecer? Livrar do rebaixamento e depois cumprir tabela?

Bem, deixo o questionamento para vocês, mas na minha opinião, sim. Mancini tem esse histórico de fazer um trabalho de recuperação muito bom, livrando times do rebaixamento e os tornando competitivos. Mas depois disso, geralmente o trabalho dele começa a cair de produtividade e é nesse ponto que eu quero chegar.

Vagner Mancini é um técnico bom para a situação do time atual, porém, não é necessariamente o que precisamos nos próximos anos. Não precisamos de um técnico para livrar do rebaixamento, atingir os 45 pontos e depois seja o que Deus quiser. Precisamos de um técnico que tenha capacidade de montar elencos competitivos sem gastar muito e que valorize a base do clube, pois, com certeza o elenco do Corinthians precisa de uma reformulação.

E com todo o respeito ao Mancini, eu não vejo ele como um bom montador de elencos e muito menos vejo ele valorizar a base. Aqui ele rasgou elogios ao Xavier e ao GP e quase nunca os utiliza. O mesmo vale para o Cauê, viveu falando que sabe do potencial dele mas na hora H preferiu improvisar Davó e Leo Natel ao invés de subir o garoto.

No entanto, não é apenas tirar Mancini do comando do time que irá melhorar as coisas. É preciso montar um planejamento de reconstrução junto com a escolha do técnico. Pesquisei muito, e encontrei 2 técnicos que se encaixam perfeitamente na situação atual do Timão: Um clube grande, mas que passa por uma crise onde não poderá realizar grandes contratações e possui um elenco limitado. E coincidentemente os 2 são estrangeiros, sei que alguns podem achar modismo, mas de verdade eu não encontrei nenhum brasileiro.

A primeira opção é Matías Almeyda, técnico argentino que atualmente comanda o Quakes da MLS. Almeyda, para quem não se lembra, foi o técnico responsável pela reconstrução do River Plate da série B argentina, abrindo caminho para a era dourada com Gallardo. Ele foi o responsável pelo 'trabalho sujo' naquela época, o River não poderia realizar contratações por conta da situação financeira do clube e passava por um momento político complicado, não muito diferente da nossa realidade atualmente. Com isso, um dos planos de Almeyda foi lançar jovens ao time principal. Matías é um técnico que consegue suportar a pressão diária e a transforma num escudo para os atletas, deixando-os prontos para jogar de maneira ofensiva e com coragem, é capaz de desenvolver um bom trabalho mesmo com uma equipe limitada, tem o DNA ofensivo, mas também sabe compactuar bem as linhas e se defender. Ao meu ver, seria o técnico ideal para reformular completamente o Corinthians.

Já a segunda opção é um nome que atualmente está em alta na Argentina e tirá-lo de lá não seria tão facilmente, pois assumiu recentemente o San Lorenzo. Estou falando de Diego Dabove, técnico que ficou muito conhecido pelos seus trabalhos no Godoy Cruz e no Argentinos Juniors.

Dabove assumiu o Godoy Cruz como interino em 2018, pegando o time na 11° posição. Suas primeiras ações foram dar oportunidades a jovens da base e buscar solidez defensiva, ele conseguiu fazer uma arrancada histórica nos 16 jogos finais com 12 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota. Teve o melhor ataque e a segunda melhor defesa no período de janeiro a maio de 2018, levando o modesto e limitado Godoy Cruz ao vice-campeonato, ficando apenas 2 pontos atrás do campeão Boca Juniors.

Em 2019/2020, assumiu o Argentinos Juniors com a difícil missão de livrar o time da vice-lanterna do campeonato. Mais uma vez tinha um elenco limitado em mãos e teve que fazer a receita que deu certo no Godoy Cruz em 2018: apostar em jovens da base, potencializar o artilheiro e buscar solidez defensiva. Dabove não só livrou o time do rebaixamento como o levou ao 5° lugar, classificando para a Libertadores 2021. Podemos dizer que Dabove é um técnico que tira leite de pedra de equipes limitadas, valorizando a base do clube. Uma opção excelente, mas difícil.

Ao meu ver, esses 2 são as melhores escolhas para uma reformulação completa do Corinthians. O caminho 'mais fácil' seria tirar Matías Almeyda do Quakes, pois Dabove acabou de chegar ao San Lorenzo.

Com ele no comando, um CIFUT organizado para buscar reforços pontuais sem gastar muito e um apoio da Fiel torcida nesse tempo difícil, eu duvido muito não voltarmos ao destaque.