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Post de Robson no fórum "Análise dos jogos" do Meu Timão

Li só o começo da sua análise, mas posso te dizer que o time foi bem por jogar com 11 em campo, diferente dos jogos anteriores que tivemos Cantillo, Jô e Fábio Santos. Exemplo: Cauê nem arrebentou no jogo, mas só da bola não bater e voltar toda hora, só de incomodar a zaga e acertar alguns passes simples já ajuda o time.

em Análise dos jogos > Análise tática do jogo entre Corinthians e São Paulo: e não é que o...

Em resposta ao tópico:

Rapaaaaaz, a torcida protestando ontem teve efeito mesmo! Deixou diretoria de cabeça batendo feito sino! Deixou panelinha com insônia! Pirou os nervos do Duílio!

E o futebol foi bem apresentado e bem esquematizado. Pela primeira vez depois de mais de 10 anos voltando a um esquema com 3 zagueiros, Mancini arma o time de modo a compactarem as laterais e abrir espaço para os zagueiros e Ramiro se infiltrarem para que Luan, agora como meia-atacante – que é a função original dele – pudesse ser enfático em ataque.

Mas o São Paulo também vinha num esquema de três zagueiros, com meias que eram extremamente precisos em enfiar bolas nas falhas defensivas. Portanto podemos ver que esse jogo realmente seria um jogo truncado e decisivo nas falhas. Vamos analisar a partida.

PRIMEIRO TEMPO

Tanto o Corinthians quanto o São Paulo jogaram no mesmo esquema: o 3-4-1-2. Raul Gustavo e João Victor eram as molas de impulsionamento; Ramiro e Gabriel avançavam a partir do momento em que os alas ficavam para trás; Luan jogava próximo dos dois atacantes.

O jogo começou muito tenso no meio-campo, com poucas criações. Apesar do gol do São Paulo e do princípio de confusão, o Corinthians manteve a tática em funcionamento. Mas o problema do Corinthians no primeiro tempo foi na dificuldade na saída de bola devido a compactação dos jogadores não ser constante. Ainda assim, a movimentação do São Paulo pressionando o meio-campo era o que dificultava o jogo para o Timão. Nas laterais, o São Paulo fazia um bolo de pelo menos 5 jogadores próximos em cima do ala e do volante, dificultando qualquer passe; enquanto que o Corinthians fazia marcação semelhante, com a diferença que o bolo era mais afastado devido justamente a característica dos zagueiros de saírem para o jogo, dessa forma procurando evitar qualquer ataque devido a falha dos zagueiros.

E foi numa dessas lateralidades que saiu o gol: na falha de reposição do Volpi e seu subsequente lateral, Lucas Piton cobra forte e rápido para Ramiro, que dá o passe para Luan meter aquele balaço.

Notem a forte movimentação de Raul Gustavo e João Victor. Eles, em conjunto com Ramiro e Gabriel, eram os responsáveis para a saída de bola. Como explicado antes, a dificuldade não era nossa, mas sim mérito do São Paulo. Ainda assim criamos perigos, principalmente pelo Raul Gustavo.

Esse mapa de calor comprova o que eu disse antes. O ataque era mais pela direita devido a lentidão do Nestor e do Leo, mas a marcação deles se concentravam mais no meio-campo e naturalmente pela esquerda. Era graças ao Luan em conjunto com Raul que os poucos ataques pelo meio saíram.

SEGUNDO TEMPO

O segundo tempo começou com João Victor explorando aquele buraco esquerdo deles com um fogo doido, que por pouco não sai o gol! Os ataques por um lado só realmente faziam sentido porque essa era a mina de outro a ser explorada, e realmente os maiores perigos saíram dali.

E numa lateralidade, Otero briga para não sair lateral e consegue de carrinho; na sobra, Cauê cruza para Luan, que fura pelo fato de a bola ter vindo quicando até ele. Nesse lance mostrou outro fator importantíssimo: a forte mobilidade entre os atacantes. Cauê jogou mais de ponta do que de centroavante, facilitando para Luan jogar de falso 9 ou até mesmo para o elemento surpresa do volante ou até mesmo o zagueiro, como no lance anterior de João Victor.

Além disso, a marcação alta foi primordial. O primeiro gol foi devido justamente a isso. Isso diminuiu ligeiramente com a entrada de Liziero e mais tarde Benitez, fazendo com que os zagueiros se contivessem, mas era contrabalanceado com as bolas longas do Corinthians que em sua maioria eram precisas.

E a virada saiu numa participação de Luan, aprofundando pra Fagner, que cruza para Gustavo Silva, que mete de carrinho. O buraco pela direita foi muito bem explorado, méritos do Luan.

O pênalti foi incontestável, João Victor puxou o rapaz. Mas não tira o mérito dele, jogou muito.

MELHORES JOGADORES

De João Victor e de Raul Gustavo eu já falei aqui: eles foram bem demais. Falarei de outras duas peças que me chamaram a atenção.

Se antes havia dúvidas se Luan podia jogar de meia-atacante e falso 9, esse jogo tirou todas as dúvidas. A movimentação dele foi impecável. Embora tenha errado 11 passes de 32 – o que é compreensível, dado o fato de jogar próximo da área e de o jogo ser truncado no meio-campo – ainda assim ele foi peça fundamental. Se o time não conseguia obter superioridade numérica, a superioridade individual dele foi gritante.

Agora, podem ter certeza do que digo que essa mobilidade no ataque que o Corinthians teve não seria possível se não fosse pelo Cauê. Ele jogou o tempo todo fora da área, puxando a marcação para si e dando liberdade aos meias, volantes e zagueiros.

CONCLUSÃO

O jogo foi um jogo de meio-campo. Enfrentamos um time misto, porém com enfiadas de bolas tão precisas quanto as nossas. O empate foi justo diante do que as duas equipes apresentaram, e bater de frente com um time que possui um bom elenco e que vem apresentando jogos poderosos não é coisa fácil.

Mancini sobreviveu, e sobreviveu escalando bem. A única alteração que faria no time seria colocar Camacho: ele dificultaria as transições do São Paulo pelo meio ao mesmo tempo em que acionaria Ramiro, os alas e Luan com mais eficiência do que fez o Gabriel. E no segundo tempo colocaria Felipe Augusto no lugar de Cauê. Fora isso, o time mostrou muita garra hoje – e isso se deve aos zagueiros e ao Luan.

VAI, CORINTHANS!

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