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Post de Michael no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Cara, eu concordo em alguns pontos e discordo em outros...

Exemplo, eu lembro que eu criticava muito Castan e Paulo André, o Alessandro teve uma época que me fez passar tanta raiva, que eu não queria que o Tite tirasse o Edenilson da lateral.

Os primeiros jogos do Sheik também me fizeram raiva, William Bigode teve um período de decadência que eu não via a hora de ser vendido.

Zidanilo então, acho que eu fui o mais injusto com ele kkk.

Agora Chicão, Ralf, Paulinho, Alex e Jorge Henrique no início de 2012 eram incontestáveis pra mim.

em Bate-Papo da Torcida > O coletivo é mais forte do que qualquer craque

Em resposta ao tópico:

O coletivo é mais forte do que qualquer craque

Resolvi criar este tópico para dividir um pensamento que eu tenho sobre futebol, que vem lá de 2012, naquela temporada fantástica que me recordo com saudades e um pouco de tristeza.

O Corinthians começou o ano com o status de campeão brasileiro, mas o Tite não convencia todo mundo ainda. Tinha o rótulo de retranqueiro e ainda não passava confiança de que seria capaz de fazer o que fez.

O que vou falar daqui pra frente, eu sei que muitos não vão concordar, e eu tenho que ter muito cuidado pra não ser mal interpretado.

O time que começa o ano, não me fazia acreditar em títulos expressivos, muito menos um título mundial. Vou falar de jogadores que são ídolos da torcida, meu ídolos, respeito tudo que fizeram pelo Corinthians e estão marcados na história para sempre.

Na minha visão, o Corinthians tinha um time regular, não era fantástico. Você para e analisa jogador por jogador e não tínhamos um jogador fenomenal, apenas bons atletas.

Vamos pela escalação que iniciou a Libertadores: J úlio César, Chicão, Leandro Cástan, Fábio Santos e Alessandro - Ralf, Paulinho e Danilo - Sheik, Liedson e J. Henrique.

Vários desses jogadores não me passavam a mínima confiança, pois eram limitados e mostraram isso depois que saíram do Corinthians também então, eu não estou louco de dizer isso.

O Chicão nunca foi um baita zagueiro; O Alessandro eu achava limitadíssimo e torcia todo jogo para bola não chegar nele. Vira e mexe fazia lambança... Eu sei que você que é fã desses caras deve estar querendo me matar, mas espera eu finalizar, ok? Rsrs

Do meio pra frente eu já gostava de alguns nomes. Danilo, Alex, Paulinho e Sheik me agradavam bastante, mas não eram inquestionáveis. Se tornaram gigantes depois da campanha que o time fez.

Não tinha aquele nome que eu esperava, um cara que fosse goleador. Um Diego Souza como tinha o Vasco ou um Neymar como tinha o Santos, por exemplo. Mas foi nesse ano que o Tite ensinou algo que eu nunca vou esquecer, mas que muita gente se esquece: o coletivo, quando é forte, é muito melhor do que qualquer craque.

Cada jogador entrava em campo sabendo exatamente o que iria fazer durante o jogo. Quem marcar, até aonde pode ir, quem não pode ter espaço pra receber e pensar no que fazer. Para mim, o jogo que o Corinthians fez na Vila Belmiro foi um espetáculo para quem gosta de estratégia. O Neymar foi apenas um jogador comum, que não teve espaço nem pra respirar.

Mas eu tive a certeza absoluta que o Corinthians seria campeão quando eliminou o Vasco. Eu sabia que só uma tragédia iria tirar o título do Corinthians. Se por um lado o Corinthians marcava poucos gols, por outro eu sabia que dificilmente seria vazado. O time tinha uma casca tão grossa, que passava uma confiança absurda de que sairia com a vitória antes de começar o jogo.

Eu disse que achava alguns jogadores limitados, certo? Mas também nesse ano eu aprendi algumas coisas que o Tite explicava nas entrevistas e muita coisa eu vi acontecendo nos jogos. Esses jogadores limitados (na minha visão), começaram a me passar confiança e agradar a todos os torcedores. Não porque eram excelentes, mas porque o time estava tão redondo, tão entrosado, que pra eles ficava fácil de jogar. Sabiam o que tinham que fazer e não inventavam.

Fomos campeões invictos com apenas 4 gols sofridos e 22 gols marcados. O Corinthians foi exemplo de futebol coletivo.

O ano de 2015 foi diferente. Eu via potencial em muitos jogadores daquele time. Alguns não renderam tanto e outros foram render mais pra frente como o Rodriguinho. Mas o elenco era muito bom. Não tinha um nome que me desagradasse no time titular. Esse time de 2015, para mim, foi o melhor que o Tite montou. Se não viesse a China pegar nossos jogadores, fatalmente seríamos campeões da Libertadores novamente. Não tinha time nenhum no continente capaz de enfrentar o nosso coletivo de igual pra igual.

Em 2017, nosso elenco não estava entre os oito melhores do Brasil. Tinha comentaristas (com s mesmo) colocando o Corinthians na Série B. Aí, o discípulo do Tite montou um coletivo que passou um turno inteiro sem perder e levamos mais uma taça pra galeria.

Comecei falando do passado, para poder defender o Corinthians atual.

Eu não sei se o Mancini é capaz de formar um elenco tão cascudo, mas quando ele chegou, eu vi algumas coisas interessantes acontecendo. Um time sendo competitivo e melhorando jogo após jogo. O 5x0 no Fluminense me iludiu demais... O Fluminense fez um bom campeonato, não era um time de Z4 e mesmo assim o Corinthians amassou.

Veio o jogo contra o Palmeiras, e eu não sei o que aconteceu com o time, que desandou...

Pra terminar, na minha opinião, temos bons jogadores em todas as posições. Novamente não temos nenhum craque. Talvez o Luan volte a ser, ou talvez algum outro jogador deslanche, mas no momento não temos um craque. Mas se o Mancini for capaz, da pra formar um coletivo muito forte e surpreender novamente.

Eu acredito no Mancini até não dar mais pra acreditar. Estava quase desistindo, mas ele mostrou que pode se reinventar e botar o time nos eixos novamente, mas vamos ver.

Vou aguardar as cenas dos próximos episódios para saber se continuo acreditando.

Deixem seus comentários. Concordando ou não, tamo junto!

Abraço!

Responder ao post do Michael

Réplicas desse post

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Nathan 96 posts

@kattegat em 08/05/2021 às 12:35

Eu não quis dizer que eram mala jogadores, Chicão e Alessandro... Porém não eram ótimos, se beneficiaram do jogo coletivo.

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