Meu Timão

Francisco Rebolo (de nascimento Francisco Rebollo), falecido em 10 de julho de 1980 de infarto, é um dos nomes mais importantes da história do Corinthians. Ele é o autor do atual desenho do distintivo do Sport Club Corinthians Paulista, tendo sido o responsável pela inclusão da âncora e dos remos.

Mas Rebolo, que nasceu em 22 de agosto de 1902, também atuou pelo Corinthians entre 1922 e 1927, tendo sido campeão do Centenário da Independência, em 1922.

Além de atuar pelo Corinthians, Rebolo jogou também no Argentinos (time de várzea, onde começou) e também no São Bento da capital e no Clube Atlético Ypiranga-SP, onde encerrou sua carreira de jorgador, aos 32 anos.

Mas a inclinação para o mundo artístico falou mais alto e Rebollo começou como aprendiz de decorador, antes de montar seu próprio escritório de deoração e receber encomendas para decorar casas para depois iniciar uma profícua carreira como pintor e na década de 1930, recebeu o convite dos dirigentes corintianos para desenhar o novo escudo do clube, acrescido da âncora e dos remos.

Além de ter trabalhado na pintura e decoração de inúmeras residências paulistanas, ajudou na decoração das igrejas de Santa Ifigênia e Santa Cecília, ambas da região central de São Paulo.

Especialista na pintura de paisagens, pessoas e naturezas mortas, tinha seu atento olhar voltado à sua cidade e os seus habitantes.

Em 1935 criou o Grupo Santa Helena, formado por artistas descentetes de imigrantes, do qual participaram artistas como Alfredo Volpi, Bonadei, Pennachi, Clóvis Graciano, e Zanini.

Internacionalmente participou do restauro de obras no Vaticano e expôs seus trabalhos na Embaixada Brasileira em Roma.

Em 1948 participu da criação do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), local onde realizou sua primeira grande retrospectiva, em 1973, com 360 obras.

Em 1955 Rebolo recebeu o 1º prêmio do Salão Nacional de Arte Moderna e foi morar na Europa por dois anos.

Além da pintura, Rebolo também se dedicou à gravura e a aquarela. Na década de 1970 viajou e retratou quase todo o Brasil.

É considerado um dos grandes paisagistas brasileiros, com obras que retratam a evolução e desenvolvimento da cidade de São Paulo e muitas outras cidades brasileiras. Suas obras das décadas de 1930 e 1940 são verdadeiros registros históricos das paisagens de São Paulo e de outras cidades que hoje vemos tão diferentes. Representou com sensibilidade o encontro de sua própria história de vida com sua arte.