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Post de Tomaz no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Durante todo o período do meu corintianismo sempre vi surgirem e servirem bem ao clube jogadores intermediários. Desde Adaozinho até agora o Adson, talvez. A base sempre supriu, de forma intermediária, o clube. Isso é importante e justifica -se ter uma base, alguns vão vingar outros vão se formar. Esse deveria ser o espírito a ser introduzido no Brasil pela CBF como forma de tirar os moleques da marginalidade e dar-lhes, senão fama e dinheiro como craques, formação e informação para serem cidadãos bem sucedidos com carreira profissional. A CBF prefere gastar dinheiro com aviões e mordomias para os donos de Federações e os dirigentes pérfidos como esse Rogério Caboclo, Teixeira, Del Nero e agora esse tal de Coronel. Haveria que ter uma política de base, como se tem hoje uma política para inserir o futebol feminino na agenda do país. Como isso está longe de acontecer, os clubes é que tem que se virar e gastar para depois o garoto ir servir a CBF, quando é selecionável, ou aos empresários quando é rentável. Ou os dois. Junto com o CT, os clubes poderiam ter escolas de educação física e administrativa. Quantos profissionais dessa área nasceram no clube. Se tem é um ou outro. Então o clube prefere, aí invés disso, arrendar as categorias de base para 'emprecários' (internos e externos) que só lucram. Quando não são os próprios dirigentes que põem seus protegidos que pulam um processo de seleção por capacidade e daí não dão em nada. O Corinthians podia revelar uma Gama maior de jogadores bons, mas prefere seguir esses padrão vulgar e mesquinho imposto por aproveitadores.

em Bate-Papo da Torcida > Craques ou pés-de-rato? Os jogadores das categorias de base do...

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Com a crise técnica do futebol e financeira do clube, no início de 2021, entre torcida, diretoria e técnicos do Corinthians emergiu um consenso de que é necessário dar mais oportunidades aos atletas das categorias de base no plantel profissional.

Chegado o meio do ano, em alguns é perceptível a impaciência pessimista para julgar a “prata da casa” como “ruim”, “fraca” e “vendida”, recheada de “pés-de-rato”. Outros com exagero no otimismo veem via um único bom jogo o nascimento de novos Malcon, Arana ou Marquinhos. Diante dessas duas vertentes de opinião, pessimista e otimista, é necessário entender um pouco como o Timão utiliza as crias da base no time principal.

Não parece relevante considerar episódios em épocas distantes, pois, mesmo que façam parte da cultura pela memória e história, o clube, o futebol, o país, o mundo mudou, continua a mudar e narrativas são sempre relativas aos contextos. É válido dizer que o Corinthians e os corintianos trataram a base de modo diferente ao longo do tempo.

Rivelino ter sido escrachado, não seria hoje prova de quão maltratamos os jovens mesmo porque as partidas do time de base do “Garoto do Parque” ficavam tão cheias de torcedores quanto dos jogos profissionais. Luizinho e Roberto vindos do varzeano Maria Zélia são valorizados como autênticas revelações corintianas, tal qual Ronaldo, Sylvinho e Edu. Em contrapartida, poucos se lembram dos “terráticos”.

Atualmente, quando se fala em “apostar na base”, a lembrança mais próxima de muitos torcedores são os resultados mais tristes da história do Corinthians em 2007. No contexto, após o rompimento da parceria com a MSI, a nova diretoria da época (grupo da atual gestão) “apostou na base”, já que o elenco profissional antes “galáctico” e campeão do Brasileirão de 2005 sofreu um desmanche sem precedentes. Em um cenário de reveses dentro de campo e falta de credibilidade pela herança de escândalos na administração anterior, com o rebaixamento para a Série B a maioria dos jogadores se queimou e a reestruturação do clube se iniciava com um “trauma”.

Desde 2008 as crias da base foram utilizadas de modo comedido pelo futebol profissional do clube, em especial pelos times titulares do Corinthians. “Política” reafirmada durante todo o ciclo de conquistas, momentos inesquecíveis, construção de fabulosas estruturas e presença de grandes jogadores (também desmanches de elenco e dívidas milionárias). Com os resultados positivos em campo, a torcida também não se incomodava com o número reduzido de revelações no “time de cima”.

Do início do fim da era-Dualib (2005) até 2021, setenta e quatro (74) atletas formados nas categorias de base e que também compuseram o plantel profissional do Corinthians estão em atividade pelos gramados do mundo – informações coletadas no banco de dados de jogadores e planteis do site especializado em futebol “transfermarkt.com.br”.

Entre os 74 jogadores não estão contabilizados os atletas que já encerraram a carreira ou que ainda possuem contrato em vigência com o Timão – exceção dos que saíram definitivamente e depois voltaram ao clube. Também não são considerados atletas que estão sem jogar a alguns anos, mas constam com carreira ativa na fonte da pesquisa.

De 2005 a 2021 a base formou todo tipo de atleta, de top mundial aos que não se firmaram na carreira. Os 74 jogadores considerados permitir chegar ao menos em duas equipes competitivas para o nível mundial e nacional (Quadro 1).

Quadro 1 – Jogadores de maior sucesso na carreira revelados nas categorias de base e integrantes do plantel profissional do Corinthians (2005-2021).

Fonte: “transfermarkt.com.br”, acesso 11 de junho de 2021.* Martinelli não chegou a compor o plantel principal do Corinthians, mesmo na base sua passagem foi rápida, mas é um caso de talento raro que saiu do clube antes de assinar contratos profissionais.

Com uma formação tática no 4-1-4-1, o “onze ideal” de “pratas-da-casa” seria formado por atletas que atingiram ou ainda atingirão os pícaros do futebol mundial. Mas, antes de saírem do clube apenas Arana e Malcon brilharam por mais de um ano como titular. Se considerados os reservas, somente Maycon e Dentinho da base foram titulares incontestes.

Não há falta de “craques” ou ótimos jogadores na base do Corinthians, mas que esses por diversos motivos pouco jogaram pelo futebol profissional do Timão.

Para melhor aproveitar a base deve-se considerar que, apesar de algumas “gerações” serem mais profícuas, não há uma lógica geracional para surgir grandes jogadores. No máximo pode-se dizer que de 3 a 4 anos um seleto grupo poderá ter “grande sucesso” no futebol. Entre esses alguns vão “estourar” rápido, outros demoraram mais.

É relevante saber que no período considerado o Corinthians revelou poucos zagueiros e volantes, tal qual em 15 anos não surgiu centroavante melhor que Jô e lateral-direito como Fagner. Muitos garotos do meio e dos extremos se mostraram talentosos, mas alguns demoraram a despontar ou nunca jogaram no Timão. Goleiro e lateral-esquerdo são posições que revelamos com facilidade, ainda que nem todos sejam craques.

Não se pode desconsiderar que o futebol é “uma grande máquina de moer gente” e que para chegar a 22 jogadores do nível bom ao top, centenas de postulantes passaram pelo Corinthians e mais outros tantos tiveram carreiras de menor relevância.

O Quadro 2 evidência que é possível formar 2 times com atletas oriundos da base com condições de competitividade ao menos da faixa intermediária do Brasileiro Série A, da Série B ou mesmo poderiam compor sem obrigação de titularidade um eventual elenco profissional do Coringão. Dentre os listados é possível contar somente Júlio Cesar e Betão como tendo sequências de titulares em dois anos distintos no profissional.

Quadro 2 – Jogadores de sucesso intermediário revelados nas categorias de base e integrantes do plantel profissional do Corinthians (2005-2021).

Fonte: “transfermarkt.com.br”, acesso 11 de junho de 2021.

Sem os atletas da base como um todo, mesmo os que não se tornam profissionais, seria impossível formar qualquer time para revelar grandes jogadores. Um dos sinais da grandeza do Corinthians é que independente de empresários, diretores e treinadores o clube vai revelar atletas para o topo do mundo e também para atuarem em lugares remotos do planeta. É o papel social de um clube grande na história do futebol mundial.

Abaixo, o Quadro 3 lista mais 22 atletas que estão ou estariam em um nível de competitividade de faixas intermediárias da Serie B, da Série C e da Série D do Brasileiro ou somente em nível estadual ou regional.

Quadro 3 – Jogadores de sucesso modesto revelados nas categorias de base e integrantes do plantel profissional do Corinthians (2005-2021)

Fonte: “transfermarkt.com.br”, acesso 11 de junho de 2021.

Nenhum dos atletas listados no Quadro 3 jogou mais do que partidas isoladas e nunca chegaram à titularidade do Corinthians. Talvez sejam jogadores sem perfil para aproveitamento no clube. Curioso os muitos nomes tratados com grande expectativa pelo desempenho na base e que não “vingaram” no profissional ou não se firmaram como grandes jogadores, como Vidotto, Marciel, Cassini, Lulinha, Oya e Abuda.

Nos quadros acima não foram listados e estão contabilizados entre os 74 atletas pesquisados Lucas Roncatto (2014-2015, sem clube), Elias (2011-2012, Customs United- Tailândia), Fran (2011-2012, sem clube), Zé Paulo (2014-2017, Thanh Hoa- Tailândia), Marcelinho Gil (2009-2011, Taubaté-Sem Clube), Carlinhos (2017-2021, São Caetano-Sem Clube), Taubaté (2010-2011, Santa-Rita-AL-Sem clube), Isaac (2016, Portuguesa-Sem Clube). Não entram na conta, pois mesmo ativos no “transfermarkt.com.br” parecem estar com carreia encerrada, Ji-Paraná, Rafael Fefo, Wendell, Eduardo Ratinho e Bruno Bertucci.

O quantitativo de atletas formados e aproveitados nos últimos quinze anos no futebol profissional dá uma média de pouco de 5 jogadores da base no profissional a cada 12 meses. Número equiparável a outros grandes clubes brasileiros. Em 2021 com a aceleração do uso da base, torcida, dirigentes e técnicos precisam ter paciência, pois entre 15 ou 20 jogadores oriundos das categorias inferiores que estão no elenco profissional, bem acima da média. Desses sairão 5 ou 6 excelentes atletas, tal qual tenderão a se formarem 6 ou 7 jogadores intermediários e mais 7 ou 8 de nível modesto.

Por fim, carregar a mística do antigo “Terrão” do Alvinegro de Parque São Jorge reserva uma grande responsabilidade. A nós, torcedores, vale entender que a base serve antes para compor o “time de cima”, substituir aqueles jogadores “apostas” (duvidosas!¿) de times menores ou “estrelas” com pequeno custo-benefício. Daí quem sabe, com muita dedicação Donelli, João Victor, Raul Gustavo, Lucas Piton, Adson, Mantuan, entre tantos poderão se afirmar eternamente em nossos corações.

Vai, Corinthians!

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