Ricardo Augusto
O time de 2012 era uma geladeira. Não tremeu no estádio mais temido da América do Sul, La Bombonera. Contra o Chelsea parecia que estava jogando campeonato paulista, com Danilo jogando de terno e tocando a bola do campo de defesa. Hoje o time parece time imaturo, mesmo com Jô, Fábio Santos, Fagner, Gil, Gabriel e Cássio que tem experiência de sobra. Isso passa muito pelo comando técnico herdado do Tite pelo Carille. Os times do Mano não eram tão frios assim.
em Bate-Papo da Torcida > O Corinthians sabe se defender, mas não sabe sofrer
Em resposta ao tópico:
Os números mostram a eficiente defesa que o Corinthians tem hoje, sendo uma das melhores defesas do campeonato.
Mas esse time não sabe sofrer, como dizia o Tite.
Esse time não consegue se manter frio com a pressão do adversário quando tem que segurar o resultado.
Outro ponto é a menor concentração que esse elenco tem perto dos nossos times anteriores, que jogavam com essa proposta.
Sempre tem um erro de posicionamento, ou quem entra vindo do banco entra desligado tanto no ataque quanto na marcação.
Então não adianta só ter o sistema montado, os jogadores precisam dar um pouco a mais para conseguir manter os placares.
O time de 2017, quando saia na frente logo no começo do jogo, a gente já sabia que ia ser o resto do jogo de sofrimento. Mas para os caras dentro de campo aquilo era normal, fazia parte da estratégia. Você não via ninguém fora de posição, afobado, preocupado com a pressão do adversário. Nada disso.
Tudo estava normal. O time de 2012 era mais frio ainda que o de 2017.
Então falta pra esse time essa frieza pra jogar recuado, sofrer pressão dos adversários mas conseguir segurar o placar.
Porque do jeito que está, não adianta reforços do meio pra frente não. Se continuar a sair na frente e tentar segurar o resultado, como vem fazendo, vai ter dificuldade mesmo com as contratações.
Saber sofrer é diferente de só saber se defender. É dar sempre um algo a mais pelo time e estar os 90 minutos focado no jogo.
Não pode errar como vem fazendo.
