Lucas Morais
Bahia 1×0 Corinthians: o Otimista, o Corneteiro e Eu
O muito otimista já falou para relaxar, que não valia nada, foi só para cumprir tabela. Meteu 3×0 na partida de ida, jogou bem, viajou sossegado e não tinha absolutamente nada para se preocupar. Vamos de reservas – ou time alternativo como gostam de dizer -, segura a onda durante o jogo, pois o adversário é bem fraquinho e o máximo que os caras vão conseguir é uma vitória simples. Guarda Elias para domingo, põe quem precisa correr e já era.
O (só) otimista, aquele que não é muito empolgado, mantém a história do cumprir tabela – e preciso reconhecer que realmente a vaga estava muito encaminhada. Vai dizer que o primeiro tempo foi abaixo do padrão porque as alterações tiraram o entrosamento da equipe, que os desfalques, além das mudanças, deixaram o time capenga demais, mas que tudo bem, bola para frente. Que o importante era a vaga e já tínhamos conquistado no primeiro jogo.
O corneteiro vai dizer que o time é uma porcaria, que das oitavas de final não passamos, que o Mano é ridículo, que precisa trocar a presidência, o diretor, que a derrota é castigo pelo ingresso caro na Arena, que o Renato Augusto é de vidro, o Ralf não merece ser capitão, o Guilherme Andrade precisa ter o contrato rescindido, que o Guerrero é chinelinho e que se não cair no Brasileirão será um milagre.
E eu?
Bom, vou dizer que o primeiro tempo foi digno do corneteiro, que o segundo foi mais do otimista, e que o muito otimista estava certo (quase) o tempo todo.
Mas na hora de botar a cabeça para dormir todos pensaremos, em silêncio, a mesma coisa:
Que jogo lixo!
VAI, CORINTHIANS!
'Ricardo Taves'
