Eliseu Cubas
O erro que o Corinthians tem cometido nos últimos jogos é básico, mas recorrente: tocar a bola incessantemente de um lado para o outro, tentando furar o bloqueio defensivo pelo meio com jogadas longas e excessivamente elaboradas. Posse de bola por posse de bola é um recurso inútil se não leva a nada. Quando essa troca de passes se torna previsível e lenta, o time acaba esbarrando na marcação adversária e pouco ameaça o gol. A falta de objetividade tem custado caro.
Um exemplo recente que o Corinthians deveria seguir vem do Botafogo de Artur Jorge. O técnico português montou uma equipe que não se prende à posse estéril; ao contrário, foca em transições rápidas, combinações velozes e, principalmente, finalizações. O Botafogo, que é lidera do Brasileirão, mostrou que um jogo mais direto e simples, é muito mais eficiente do que a troca de passes sem fim que vemos no time de Parque São Jorge. Artur Jorge implementou um estilo que prioriza não o controle pela posse em si, mas sim pela agressividade e volume de jogo.
Enquanto o Corinthians insiste em toques laterais e na tentativa frustrada de entrar pelo meio, o Botafogo varia suas jogadas fazendo combinações simples, arrisca chutes de média distância e está constantemente finalizando. Esse é o ponto: o objetivo do futebol é o gol, não a posse. O Botafogo entende isso e, por isso, é uma equipe que coloca a defesa adversária em constante estado de alerta.
O Corinthians precisa, urgentemente, adotar uma postura mais agressiva. Não basta circular a bola, é preciso atacar. Um time que finaliza pouco se torna inofensivo e previsível. O Botafogo de Artur Jorge é um exemplo claro de que a simplicidade pode ser fatal, quando bem executada. Agressividade com inteligência, variação nas jogadas e finalizações frequentes. Se o Corinthians absorver essa lição e parar de complicar o jogo, os resultados virão. Afinal, eficiência é o que conta no futebol, e o Botafogo provou isso em campo.
Sair da previsibilidade, jogar de forma mais simples e direta, com muitos chutes ao gol. É isso o que falta ao Corinthians para, de fato, ser competitivo novamente.
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