Carlos
Tudo bem agora me explica o cori reprova as contas do Augusto que elevou em 800 e durante todos esse anos aprovou a RT e transparência que deixo mais 1 bilhão em dívidas, vai entender viu
em Bate-Papo da Torcida > Está havendo uma interpretação errada do balanço do Corinthians (sou...
Em resposta ao tópico:
É preciso dizer, com toda clareza: As informações que estão sendo divulgadas na mídia sobre o balanço do Corinthians são, no mínimo, levianas. Muitos jornalistas saíram disparando números sem sequer entender minimamente de contabilidade.
Deveriam ter se informado melhor antes de espalhar fake news.
Vamos lá, de forma clara e objetiva:
Primeiro ponto: contabilmente, existe uma diferença crucial entre aumento de passivo e aumento de dívida. Gravem isso.
Segundo ponto: na contabilidade existe o chamado princípio da partida dobrada. Em termos simples: para cada passivo registrado, existe um ativo correspondente. Ou seja, se o passivo do Corinthians aumentou 829 milhões, o ativo também aumentou em 829 milhões. Caso contrário, o balanço simplesmente não fecharia. Isso é regra básica contábil.
Terceiro ponto: o que realmente define endividamento?
Endividamento ocorre quando o total de ativos financeiros (dinheiro em caixa, direitos a receber, etc.) e ativos realizáveis a curto prazo é menor do que a soma do passivo circulante (dívidas de curto prazo) e passivo não circulante (dívidas de longo prazo).
Portanto, não é correto — nem tecnicamente, nem moralmente — sair comparando o passivo de um ano com o do outro de forma isolada. Até porque, para efeito de análise, o aumento do passivo + patrimônio líquido é igual ao aumento do ativo.
Quarto ponto: o que foi divulgado na reunião de hoje — de maneira correta — foi a análise da liquidez geral, que mede a capacidade do clube de honrar suas obrigações a médio e longo prazo. Esse sim é um indicador sério para medir saúde financeira.
Conclusão: é irresponsável afirmar que 'a dívida do Corinthians explodiu para 3 bilhões'. A dívida aumentou sim, algo em torno de 300 a 400 milhões, o que também é grave, claro, mas não é esse cenário de colapso absoluto que estão pintando por aí.