Robson Boaventura
Ele precisou de menos de cinco minutos para driblar, chutar, colocar a bola nas redes e encantar a torcida do Corinthians. Mas muito antes disso, o menino Marciel já havia deixado um grande time da Europa extasiado. Sorte corintiana que a falta de um passaporte europeu o tirou da Roma e o colocou com a camisa alvinegra.
Marciel sempre foi visto como uma grande promessa. Mas, curiosamente, teve problemas para se firmar na carreira. Alternando entre a lateral-esquerda e a meia, ele sempre foi visto como uma das grandes promessas do Grêmio. Mesmo assim, acabou dispensado aos 16 anos de idade.
Quem lhe abriu as portas foi o ex-volante Emerson, que o convidou para jogar em seu time, o Fragata, de Pelotas. De lá, o Emerson colocou Marciel na Itália, onde havia feito carreira. O hoje corintiano chegou para um período de treinos e 10 dias na Juventus, mas acabou mesmo indo para Roma.
Marciel encantou na equipe da capital italiana. Fez gol logo na estreia e sempre foi visto como um jogador de enorme potencial. Ficou um ano e meio vestindo a camisa da Roma, mas acabou sendo dispensado mesmo assim. O problema? A falta de um passaporte extracomunitário, que o permitiria morar e trabalhar na Itália sem muitos problemas.
A volta ao Brasil em 2014, porém, não poderia ser melhor. Ele foi emprestado ao Corinthians e rapidamente se tornou um dos craques das categorias de base. Foi campeão paulista e brasileiro sub-20 e coroou as excelentes performances com o troféu bem mais badalado da Copa São Paulo de juniores.
O Corinthians, claro, não perdeu tempo. Pagou R$ 1 milhão para ter o jogador em definitivo e o subiu aos profissionais. A recompensa veio em forma de gol nesta quarta-feira.
