Não a conheço, nunca a vi pessoalemnte, se quer falei com a Yule alguma vez na vida, entretanto, hoje, navegando atrás de textos sobe o Timão, tive a felicidade de encontrar esse.

Já o havia lido na época, pois a acompanhava no blog da globom.com, e garanto que hoje me emocionei tanto quanto no dia que li.

Leiam e me digam se vocês não sentiram a mesma coisa naquelça véspera de título. Se deliciem.

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

03JUL

Fala, Corinthians!

Tantas vezes sentei aqui para falar para eles o que eu sinto por você, Timão, mas foram pouquíssimas as que cheguei a te dizer diretamente.

Eu estou aqui sentada olhando para essa lua linda no céu, me perguntando se é São Jorge que está ali olhando pela gente. Me perguntando quantos outros tantos milhões de pessoas estão assim, também. Tantas perguntas para as quais eu não tenho respostas – até porque algumas delas não são respondidas com palavras.

E o relógio anda, irritantemente, um segundo por segundo.

Eu comecei a chorar já faz um tempo, há dias, posso dizer. Mas não é choro ruim, não, não se preocupe: é choro de amor. De apreensão. De saudade. De devoção. De companheirismo. De caminhada. De dedicação. De nervoso. De impaciência. De ansiedade. De carinho. De amor.É um choro que aumenta ao passo que penso o quanto te amo e o quanto merecemos tudo isso, o quanto esse momento é especial.

(Olha só, acabei de escutar um VAI, CORINTHIANS lá embaixo, na rua. Algum desconhecido cruzou com outro, vestido com a tua camisa. Com a nossa camisa. Um deles bateu no peito e gritou. O outro assentiu com a cabeça e, sem palavras, demonstrou no olhar que entendeu a mensagem toda. Nós nos entendemos.)

Mas o que eu queria te dizer mesmo, Corinthians, é que eu te amo.

Não só isso. Mas, principalmente, isso.

Eu te amo o suficiente para continuar amando o mesmo tanto amanhã e o mesmo tanto depois. Pode parecer exagerado, mas te falo do fundo do meu coração, eu vivo de você e por você. E isso não vai mudar, eu prometo. Como uma mãe que avisa o filho que o vai amar igual, independentemente do que aconteça, eu quero te dizer que isso aqui que a gente tem vai continuar igual, sempre. Eu e você.

Então junta as tuas coisas, respira fundo, e vai.

Vai tranquilo, sereno, em paz.

Vai e faz o que sabe fazer. E o que tem feito até agora.

É claro que eu quero esse título, nem pense em perder! Mas eu sei que já não depende mais de treino, de puxão de orelha, de bronca, de crítica, de protesto, de reclamação. Depende de você ser você, a Fiel ser fiel, o Tite ser o Tite, o Danilo, o Danilo… e assim por diante.

Nossa missão agora – a minha e a tua – é continuarmos.

Não tenho previsões, não tenho palpites: tudo é possível amanhã, e pensar nisso me mata aos poucos. Quero só aproveitar esse momento, instante por instante, e te amar.

Tenho, contudo, dentre todas as possibilidades, uma certeza: estaremos juntos. Antes, durante e depois. Em pensamento, em corpo ou em alma. Longe ou perto. Estaremos com você. Até porque nós, juntos, somos você.

Tantas vezes falaram desse momento, tantas vezes falaram dessa Taça, tantas vezes eu me imaginei no dia de hoje, agora. E, surpreendentemente, agora, estou tranquila. Emocionada, apreensiva, ansiosa, mas tranquila. Isso tudo, Corinthians, porque eu sei que no dia depois de amanhã ainda seremos nós. Com uma estrela a mais ou não, continuarei ao teu lado, lutando por você e com você.

No dia depois de amanhã, seremos, ainda e mais, Corinthians.

Eternamente.