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Post de Fernando no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Se ele tivesse feito a carreira inteira no Corinthians ao invés do Botafogo teria sido maior que o Pelé.

em Bate-Papo da Torcida > O dia que Garrincha transformou o Corinthians em Timão

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Poucas pessoas que ouvem o nome de Garrincha e suas histórias nos dias de hoje não imaginam que o eterno craque das pernas tortas um dia vestiu o uniforme alvinegro do Corinthians. Considerado o segundo maior jogador brasileiro de todos os tempos - atrás apenas de Pelé -, Mané Garrincha se consagrou como jogador de futebol no Botafogo e na Seleção Brasileira. Cansou de entortar zagueiros e marcar gols de placa nas décadas de 1950 e 1960.

O talento com a bola sempre foi gigantesco, mas os dribles e títulos dentro do esporte se confundiam com a vida pessoal conturbada do jogador. Na época, o futebol ainda era muito amador e menos estruturado no Brasil. A ingenuidade de Garrincha fazia com que ele fosse explorado por dirigentes e treinadores.

Em uma entrevista para a Rede Record, em 1982, um ano antes de morrer, Garrincha chegou a admitir que assinava contratos em branco e que só passou a receber salários do Botafogo depois de 1962, quando já era bicampeão mundial com a seleção e campeão carioca com o Botafogo.

'Nunca liguei para dinheiro. Só queria o suficiente para viver e para sustentar a minha família. Assinava os contratos em branco e gostava de jogar futebol. Diziam que eu era um patrimônio do clube e eu ficava todo feliz, por isso queria ajudar', disse o jogador, que revezava os treinamentos com a paixão pela caça de pássaros usando espingardas de chumbo.

No começo da carreira, a obrigação de jogar pela seleção e pelo Botafogo também prejudicou o jogador. Na entrevista concedida à Record, Garrincha disse que jogou seis jogos pela seleção com o joelho machucado. 'O médico dizia que não ia dar nada, injetava o medicamento e eu jogava, mas depois meu joelho já inchava de novo. Ele disse que não ia me prejudicar, mas prejudicou sim', disse, na época, ao jornalista Flávio Prado, que era repórter da Record.

A ingenuidade e o bom coração se misturavam com o vício do atleta pelo álcool, que o seduziu ainda na adolescência em festas que o pai organizava em Magé (RJ), onde Mané nasceu e foi criado. Garrincha também nunca escondeu a atração que sentia pelas mulheres. Ele teve 12 filhos com quatro mulheres diferentes.

CORINTHIANS E O 'TIMÃO'

Depois de passar 12 anos no Botafogo, clube que mais defendeu na vida, e já bicampeão do mundo com a seleção, Garrincha se transferiu para o Corinthians em 1966, com 32 anos. O físico não era mais o mesmo, mas os dribles continuavam desconcertantes. Mané foi contratado no início daquele ano pelo presidente do clube, Wadih Helu, que também trouxe o zagueiro Ditão, que jogava no Flamengo, e o volante Nair, da Portuguesa.

Ditão e Nair viviam grande fase e chegaram com status de estrelas na equipe paulista. Foi então que a imprensa paulista criou o apelido de 'Timão' para denominar o Corinthians daquele ano, que tinha um elenco excelente e promissor. Outro motivo para o uso do apelido foi o formato do escudo corintiano, que também lembrava, na época, antes de sua reformulação, um Timão (o volante) de um navio, mais arredondado.



DECEPÇÃO E ORGULHO

No Corinthians, como já era de se esperar, a estrela de Garrincha não brilhou como no Botafogo ou na seleção. Atuando com a camisa 7, o craque jogou apenas 13 partidas com o manto alvinegro, marcando dois gols: sobre o Cruzeiro (vitória do Corinthians por 2 a 1) e sobre o São Paulo (vitória por 2 a 0). Aqui, é possível assistir lances do craque com a camisa corintiana no empate sem gols contra o Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1966.

Na época, o fato de o clube não conseguir conquistar nenhum título foi motivo de frustração da diretoria e da torcida, já que a equipe vivia um jejum de 23 anos sem conquistas. A seca só terminou nove anos depois, em 1977, com a conquista do Campeonato Paulista em cima da Ponte Preta.

Mesmo sem grandes conquistas e com uma passagem rápida, Garrincha continuava com o mesmo bom coração de sempre. Doava camisas de jogo, chuteiras e até o calção que jogava após a partida aos torcedores. Sempre preferiu dar mais aos outros do que ter para si. A generosidade de Mané é louvada até hoje por ex-companheiros do jogadores. Não há sequer um jogador que dividiu o vestiário dom Garrincha que não exalte sua bondade.

Depois do Corinthians, o craque das pernas tortas ainda passou por Flamengo, Portuguesa Santista, Olaria e Júnior de Barranquilha, da Colômbia, mas não conseguiu mais repetir o brilho dos anos anteriores.

Garrincha morreu em janeiro de 1983 por complicações no fígado causadas pelo alcoolismo, mas deixou um legado que se estende por gerações e estados brasileiros. Aqui, os paulistas também tiveram o privilégio de se encantarem com a mágica das pernas tortas que bailou por tantos anos sobre os zagueiros adversários.

Eu nem te vi jogar, Garrincha, mas tenho saudades. Obrigado.

FONTE: http://espnfc.espn.uol.com.br/corinthians/almanaque-mosqueteiro/8376-o-dia-que-garrincha-transformou-o-corinthians-em-timao O dia que Garrincha transformou o Corinthians em Timão | ESPN FC - O site que veste a camisa O dia que Garrincha transformou o Corinthians em Timão | ESPN FC - O site que veste a camisa espnfc.espn.uol.com.br

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