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Post de anisio no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Lembro de uma vez que o Corinthians ia jogar no Pacaembu, e apareceu próximo das bilheterias um Ator da Globo de nome Marcos Ponkla que era comediante nos programas de Chico Anísio e do Gordo Jô Soares.

Pois bem, um repórter que estava fazendo algumas reportagem fora do estádio, observou a chegada desse ator vestido de Black-Tie, ou seja, de smoker, no rigor absoluto de quem vai ao um espetáculo dentro dessas exigências.

O repórter lhe perguntou porque ele estava vestido daquela forma, com tanto rigor. Ele respondeu, que estava vindo assistir a um espetáculo e que portanto, nada mas conveniente se vestir daquela forma.

O espetáculo era Corinthians de Sócrates e Cia, treinado pelo Mario Travallini, e seu adversário acho que era o Santos. Isso foi num sábado de sol a pique.

Nessa época, a imprensa dizia que o Corinthians parecia uma orquestra sinfônica, de tão harmonioso que era dentro das quatro linhas.

Era um espetáculo assistir o Corinthians.

Ontem, foi repugnante assistir o Corinthians.

em Bate-Papo da Torcida > Post perfeito do Taves leiam

Em resposta ao tópico:

Luverdense 1×0 Corinthians: é preciso vergonha na cara!

Nasci em 25 de agosto de 1980. Faço 33 anos em três dias. Sou mais velho que o treinador do Luverdense, por exemplo. Minha vida foi pautada no Corinthians desde que eu era muito pequeno, afinal sou filho de um corinthiano fanático. Já vi muito futebol e tenho certeza que cada um dos leitores desse blog também.

Enquanto crescia, lá pelos meus 8,9 anos, comecei a levar o futebol a sério. Sério mesmo. Ao ponto de chorar em vitórias emocionantes e querer brigar com quem estivesse por perto quando uma derrota acontecia. Ser corinthiano é foda. É um sentimento inigualável, imagino. Não consigo comparar. Nunca senti isso por nenhum outro time.

Antigamente o Paulistão durava uma eternidade. Televisão? Só passava o jogo do sábado à tarde contra um time do interior. Não existia pay per view e o único jeito de acompanhar o time era indo ao estádio ou ouvindo no rádio. Lá em casa tínhamos um ritual: eu ficava no som da sala, meu pai preferia o rádio-relógio do quarto dele e ao sair um gol nos encontrávamos no meio do caminho, no corredor, ambos gritando, para celebrar com um abraço. Desde então eu já sabia que o Corinthians encurta distâncias. Ali não tinha pai ou filho, adulto ou criança. Era Corinthians na mesma intensidade, com o mesmo brilho nos olhos, a mesma devoção.

Já vi muito time ruim. Ruim de doer os olhos. Me lembro de ir ao Pacaembu, em um dos poucos clássicos realizados por lá em uma época que o Morumbi era absoluto, assistir São Paulo x Corinthians. A fase era péssima. O São Paulo era aquele time de Telê Santana, papa tudo, e o Corinthians era um resquício piorado do campeão brasileiro de 1990. Tomamos uma surra, mas por incrível que pareça eu saí do estádio orgulhoso. Criança ainda, fiquei admirado com a determinação de Paulo Sérgio, atacante, defendendo nossa meta após a expulsão de Ronaldo.

Aquilo me bastou. Raça, comprometimento, vergonha na cara.

Meu maior ídolo no futebol, Neto, é peça fundamental na minha formação como torcedor. Atlético – MG, Bahia, Flamengo, gols e atuações antológicas. Mas sabe qual a mais especial para mim? Em 1992, ao saber que seria substituído, meteu um gol de bicicleta no Guarani, tirou a camisa e jogou no chão, na frente do treinador.

Desrespeito com o manto? De forma alguma. Aquele “jogar de camisa” significava muito mais. O sentimento era de “aqui é Corinthians”, aqui tem sangue correndo na veia, não me tira porque sou o cara, amo esse time, o Pacaembu é minha casa e quem manda nessa #$!@% sou eu.

Bons tempos. E pensar que xinguei o cara de tudo quanto é nome. Foi expulso depois da atitude.

No jogo de hoje poderiam expulsar os onze jogadores em campo que não me importaria. Um bando de milionário coxinha que esqueceu de onde vieram, das dificuldades que passaram e do que precisaram para chegar até ali. Desde do que era favelado, passando pelo que morava em cidade pequena, incluindo o cidadão que deixou a casa dos pais aos 10 anos, todos, sem exceção, atuando com descaso. Sem respeito algum com o adversário, um time lutador e limitado, sem noção alguma do significado da camisa que envergavam. O preto, com listras brancas e um escudo mais do que centenário e que desde 1910 trava lutas que ultrapassam a esfera do futebol.

Futebol. Que não me venham com a gracinha que “é só um jogo de futebol”.

Eu não quero saber se tem jogo de volta, de comprometimento tático, intensidade em campo, volume de jogo, 4-2-3-1, ou qualquer coisa que chegue perto disso. Futebol é outra coisa, é minha vida, o ar que respiro, meu propósito.

Amar o Corinthians foi a primeira lição que ensinei para minha filha. Foi assim com meu pai.

Intensidade para mim é ver o cara ralando a bunda no chão, correndo o campo todo para tomar a bola e tentar uma jogada de gol. Comprometimento tático é atacar, sufocar uma equipe que se sabe que é mais fraca. Volume de jogo é marcar um, dois, três, quantos gols for possível fazer. 4-2-3-1 para mim é igual a menos dois.

Equipe mais fraca, tsc. A equipe mais fraca no jogo de hoje foi o Corinthians. Fraca no pensamento, no caráter, no respeito ao adversário e principalmente no comprometimento com a instituição que honra os salários, oferece estrutura de primeiro mundo e que a cada dia apresenta uma melhora. É exame para saber de desgaste físico, é estádio para Copa do Mundo, nada falta.

O desrespeito partiu de todos. Inclusive do treinador.

Se fosse jogo do Brasileirão, Renato Augusto, Fábio Santos e Paulo André jogariam. Sequer interessa agora se fariam diferença ou não. Não interessa mesmo.

Tem que jogar. No Corinthians o próximo jogo sempre tem que ser o mais importante da história.

Poupar porque era o Luverdense? Time da Série C?

Nós um dia fomos o time varzeano, de operários e que teve de lutar demais para conseguir uma vaga na liga, dominada pela elite.

Respeitar qualquer um é respeitar nossa origem. Não respeitar é faltar com o principal valor que rege o Sport Club Corinthians Paulista.

Eu jamais sentirei vergonha de ser corinthiano. Jamais.

Mas hoje me obrigo a sentir vergonha por esses caras que vestiram a nossa camisa e fizeram esse papelão em Lucas do Rio Verde. Vergonha pela soberba que apresentaram, pelo descaso que demonstraram.

O gol foi com a mão? Foi. O juiz errou? Errou.

Para vocês verem o tamanho do castigo. E foi pouco.

Quer ficar bravo, professor? Pode ficar.

Mas hoje, sua equipe para atingir o nível de medíocre tem que melhorar horrores.

E eu que me iludi com um gol no último minuto domingo passado.

VAI, CORINTHIANS! Sempre e para sempre.

Acorda, boleirada. Se quiser fazer graça pede para sair.

Responder ao post do anisio

Réplicas desse post

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@cecelzinho em 22/08/2013 às 12:35

Nossa... Que Resposta Maravilhosa, mais uma história entre tantas de Corinthians,..

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