Oilson Reis
Difícil situação. Torcedores erraram, policiais erraram, mas o Estado não pode reprimir um ilícito com outro ilícito. Que se apurem o fato com isenção.
em Notícias > Diário de SP relata confusão no Maracanã
Em resposta ao tópico:
Pessoal, vou copiar aqui o texto, mas peço que se possível também acessem o link abaixo, pois um amigo meu é o repórter envolvido e sempre bom dar uma força pra um irmão corinthiano! Não podemos deixar essa história acabar por abafada, precisamos fazer barulho.
<< Reportagem presenciou a confusão entre corintianos e policiais no Rio; teve até 'corredor polonês'
O comportamento de uma pequena parte da torcida do Corinthians no Maracanã, no domingo (23), foi inaceitável. Antes de a bola rolar, eles tentaram invadir o espaço destinado aos torcedores do Flamengo e agrediram covardemente alguns policiais que estavam no local. Isto posto, a Polícia Militar do Rio de Janeiro mostrou completo despreparo para lidar com a situação e punir os marginais.
A reportagem do DIÁRIO estava no setor destinado aos visitantes e acompanhou de perto o que aconteceu. No fim do segundo tempo, os telões do estádio anunciaram que a torcida alvinegra deveria aguardar a liberação da PM para deixar o local – procedimento padrão no futebol brasileiro.
Assim, os torcedores de organizadas e os fãs “comuns” permaneceram na arquibancada. Por volta das 20h, mais de uma hora após o término do jogo, a truculência começou.
Como a torcida estava espalhada pelos assentos, os policias mandaram as pessoas subirem e ficarem agrupadas. A regra era para todos: crianças, mulheres, pais de família e membros das organizadas.
Nisso, algumas pessoas foram agredidas com golpes de cassetete enquanto tentavam subir as escadas do Maracanã para cumprir a ordem.
Passado um tempo, a PM resolveu liberar as mulheres. Algumas queriam permanecer no local por causa dos familiares ou acompanhantes, mas foram impedidas. A reportagem viu uma torcedora menor de idade deixar o local sem o pai.
Quando só os homens ficaram na arquibancada, a humilhação aumentou. Adotando um procedimento típico de cadeia, a polícia ordenou que todos tirassem as camisetas.
Portando celulares com imagens da confusão ocorrida anteriormente, os agentes tentavam identificar os marginais.
Alguns tratavam os torcedores com respeito, mas outros começaram a ameaçar. “Aqui é o Rio de Janeiro, não é a merda de São Paulo. Ninguém vai embora enquanto não aparecer quem estava na briga”, diziam alguns deles, enquanto batiam o cassetete no chão para amedrontar as pessoas.
Como três emissoras de televisão começaram a registrar imagens dos torcedores no espaço, alguns policiais alertaram os companheiros mais exaltados para “pegar leve”.
Impedido de sair até para ir no banheiro, um dos torcedores começou a passar mal. Com a pressão baixa e quase desmaiando, ele foi repreendido por um policial. “Está passando mal por quê? Você usou droga? Fica sentado!”, ordenou.
Aviso
Por volta das 22h, após identificarem alguns vândalos envolvidos na briga, a PM passou a liberar os outros milhares que não tinham nada a ver com a confusão e estavam retidos havia mais de três horas.
Liberados em pequenos grupos, vários corintianos foram agredidos em uma espécie de corredor polonês formado pelos policias na rampa de acesso para a saída. Eles escolhiam pessoas aleatoriamente para bater com o cassetete. Sem se identificar, a reportagem do DIÁRIO acabou repreendida com spray de pimenta.
Além de agredir as pessoas de forma gratuita, alguns policiais faziam questão de ameaçar quem estava deixando o estádio. “Fica esperto, aqui é o Rio de Janeiro. Quero ver você voltar aqui no próximo ano. Vai ser ainda pior. Se prepara! Vocês estão fodidos”, diziam. >>