Paulo Antunes
Boa #880 Thiago, acho que você aponta várias coisas interessantes no trabalho do Tite, ou melhor, o que o diferencia da maioria dos demais treinadores. Além do mais, tinha aquela pegada, marcação alta, triangulações, ultrapassagens dos laterais e dos volantes, que chegavam como fator surpresa. Enfim, o time, mesmo que não tivesse craques, todos se sentiam úteis, responsáveis e comprometidos. Claro, e o cara trabalhava muito, ensaiava muito a movimentação e a cobertura. Enfim, é chorar! Pena, que essas mensagens todas não são lidas pelos atuais participantes da comissão técnica, diretoria de futebol e jogadores. É jogar sal em carne podre, como dizia o meu saudoso pai, quando uma coisa estava perdida e não adiantava gastar o verbo, porque não há ressonância. Saudações alvinegras. E, um Vai Corinthians bem grande, para ver se diretoria, departamento de futebol, comissão técnica e jogadores, acordam! Paulo Antunes, E-mail: pauloantunes @uol.com.br
em Bate-Papo da Torcida > Lições do Mestre Tite
Em resposta ao tópico:
Vou tentar condensar no tópico as melhores lições do Mestre Tite, a respeito do Timão e do seu jeito de jogar, quando estava a frente da comissão técnica.
ELENCO
- A importância de ter 2 jogadores brigando por posição, aumenta o nível de competição entre os jogadores e sobe o nível do grupo.
FORMA DE ATUAR/ESCALAÇÃO
- Apesar da sopa de números que virou o futebol moderno, com o famigerado 4-2-3-1, e o novo xodó dos treinadores, o 4-1-4-1, Tite sempre ressaltou a forma de atuar dos seus times, com uma linha de 4 defensores, 4 meio campistas e 2 atacantes.
DESEMPENHO x RESULTADO
- Mesmo quando o time perdia, mas conseguia produzir em campo, ele sempre ressaltava o bom desempenho dos jogadores e do coletivo no jogo.
COLETIVO
- Futebol é um esporte coletivo, e as individualidades somente são potencializadas quando o jogo coletivo está bem.
FAIR PLAY
- Era muito difícil ver o time cometendo faltas infantis, e comum ver o Tite gritando com os jogadores "sem fal..." na beira do gramado. Esses últimos pênaltis cometidos pelos zagueiros corintianos, certamente, seriam muito cobrados pelo mestre Tite.
LEITURA DO ELENCO 2016
É comum ver determinados jogadores jogando bem, com algum treinador e mal com o outro, isso talvez tenha a ver com a empatia, mas com certeza se relaciona a forma de ser escalado.
Bruno Henrique era cobrado pela torcida por suas atuações como primeiro volante, evoluiu, e antes de sair, era o jogador com mais desarmes no time.
Outro exemplo é o Giovanni Augusto. Era um jogador de lado de campo, e a torcida empolgada pedia para que Tite escalasse ele como jogador mais central.
Giovanni Augusto, jogando mais taticamente, pelos lados, ajudava na marcação e aparecia bem no ataque. O time ganhava uma boa proteção pelos lados. Hoje, jogando mais centralizado, é nítido a queda de desempenho e a quantidade de passes errados no jogo.
Marquinhos Gabriel também é outro exemplo. N quero justificar a ausência de Marlone, mas é evidente que com Tite, Marquinhos Gabriel, Romero, Lucca e Marlone brigavam por posição como atacantes pelos lados. E por razões técnicas, Marquinhos Gabriel era um dos escolhidos.
Tite chegou a mudar a forma de atuar no Brasileirão, utilizando o 4-2-3-1 e talvez tenha encontrado a fórmula ideal para esse time atual. Com Guilherme sendo protegido por 2 volantes, no meio campo, ele jogaria mais a frente, como sempre fez na carreira. E pelos lados, Tite contava com seu projeto de Jorge Henrique, com o nome de Giovanni Augusto, e no outro lado escalava Marquinho Gabriel, que tinha mais liberdade para atacar e aparecer na grande área.
CB, Carille e Oswaldo preferiam Romero como o atacante pelo lado. Já Tite, optar Marquinhos Gabriel, quem será o melhor, tecnicamente?
O time hoje perdeu muita força no meio campo e toma gols. Quando o técnico escala Romero, Marquinhos Gabriel, Lucca, Rildo ou Marlone pelos lados, é evidente que a parte defensiva pode ficar mais fraca porque n são jogadores que gostam de marcar ou que saibam marcar. Já Tite, sempre sustentava um jogador bom pelos lados, Giovanni Augusto, com boa capacidade de marcação e que também atuava bem quando chegava ao ataque.
E por essas e outras, que Tite, é um monstro. Ele sabia potencializar os jogadores. é phoda falar isso aqui, n quero entregar o time, mas é que o óbvio, às vezes, preciso ser falado.
E vai, Corinthians.