Leandro Dundes
Nação Corinthiana,
Já não há mais dúvidas que estamos sendo perseguidos dentro e fora de campo em 2013.
Antes, lembremos dos fatos que possivelmente motivam essa perseguição. Nos últimos anos, Andrés Sanchez se tornou oposição ao atual presidente da CBF José Marin, almejando seu cargo. Esse ano começou também a criar oposição e pressão na Conmebol, pois a Libertadores ainda se encontra muito aquém do que pode oferecer financeiramente aos times. Andrés começou esse ano a se reunir com os maiores cartolas sul-americanos, visando a renegociação direitos de TV e a participação financeira dos clubes, algo que já fez com sucesso no futebol brasileiro. A partir daí, estranhamente, o Corinthians está sendo sistematicamente perseguido.
Vamos aos fatos. No primeiro semestre na Copa Libertadores da América, a Conmebol aplicou penas pesadas e inéditas em sua história, unicamente contra o Corinthians. Claro que a morte de um garoto dentro de um estádio de futebol é algo inadmissível, um fato terrível que deve ser apurado e os verdadeiros responsáveis punidos. Mas o que intriga é que a Conmebol, uma das principais responsáveis pela tragédia, que fatura uma fábula de dinheiro, não investe nada em segurança, molda há décadas a Libertadores em uma competição perigosa como todos sabem, nunca havia antes tomado tal atitude, punindo tanto um clube de futebol. O que reforça essa estranheza, é que nos jogos seguintes, continuaram as brigas e o uso de sinalizadores dentro dos estádios e não aconteceu mais nada contra nenhum outro clube.
Para fechar de forma vexatória a Libertadores, o Corinthians foi literalmente assaltado em pleno Pacaembu contra o Boca Juniors pelas oitavas de final da competição, sendo prejudicado em pelo menos quatro lances capitais da partida. Algo que particularmente nunca vi antes na história do futebol. Desafio quem se lembre de outra roubalheira maior do que essa, pelo número de erros graves contra uma mesma equipe, em um mesmo jogo.
Pois bem, chegou o segundo semestre e a perseguição agora é dentro do território nacional. A partir de uma briga de torcida, que infelizmente ocorre em vários e vários jogos, o Corinthians foi novamente o único punido (o Vasco também foi punido nesse episódio, mas apenas por ser o adversário nas brigas) com a perda de quatro mandos de partida. Aliás, a punição inicial era tão fora dos padrões e humilhante que tiveram que minimizar depois, pois primeiramente forçariam o clube a jogar dentro de casa sem sua torcida, mas com o público visitante presente. Outra punição inédita e única ao Corinthians, que de tão absurda teve que ser reduzida, mas ainda sim continuou pesada e injusta, pois está sendo aplicada somente contra nós. Apenas com uma leve olhada para trás sem fazer pesquisas, já houve brigas nesse campeonato entre as torcidas de São Paulo e Flamengo, São Paulo e Goiás, e entre a própria torcida do Palmeiras na Série B. Mas novamente, ninguém mais foi punido.
Para terminar, por enquanto, a seqüência de punições inéditas e exclusivas ao Corinthians. Pela Copa do Brasil, sua torcida usou apenas sinalizadores de mão (esses artefatos não disparam, são totalmente diferentes do sinalizador marítimo que matou o garoto boliviano, são usados por qualquer criança em festa junina, foram vistos até em shows de rock recentes como o Rock in Rio entre o público, sendo tão inofensivos quanto um traque ou um “peido de véia”, além de que também são usados nos estádios por quase todas as outras torcidas). Pois bem, mais uma desculpa para a CBF meter mais 2 jogos de suspensão ao Corinthians, dessa vez minando o poder de sua torcida nas decisões da Copa do Brasil.
Claro que sou corinthiano e defendo meu clube, mas quero ver alguém explicar o porque de tantas punições sistemáticas, inéditas e exclusivas a um único clube, aplicadas principalmente depois que Andrés Sanchez se tornou oposição política da CBF e Conmebol. A torcida corinthiana, deveria no mínimo protestar na frente das sedes das Confederações
Vejamos os próximos capítulos.
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