Aury Gomes
Linda história, só pode ser de corintiano mesmo.
em Bate-Papo da Torcida > 1977 Libertador e corinthianismo
Em resposta ao tópico:
Não tem explicação, ficou fácil para que eu torcesse pelo Corinthians, meu pai um corinthiano que nem precisou se esforçar pra que eu reconhecesse tudo o que era o Timão. Vamos la, meu pai nascido em 1963 em uma família simples como somos até hoje, em uma época difícil, filho mais velho de uma família de três irmãos. Meu avô? Palmeirense. Minha avó? Filha de italianos colonos da cidade de Amparo no interior de São Paulo, ou seja, palestrina por família.
Se mudaram então recém casados meu avô e minha avó para Jundiaí atrás de oportunidades e onde tiveram os três filhos, uma cidade até então tomada pela capacidade fabril herdada da indústria têxtil e a expansão da metalurgia, porém, a terra da Uva como é conhecida até hoje tem raiz italiana muito forte.
Eis que em 1977 meu pai no auge de seus 14 anos, em uma época que essa idade já faziam de meninos homens ficou vislumbrado com uma euforia e uma verdadeira explosão de vibrações, comemorações e como ele mesmo diz, de fraternidade corinthiana, no sofrimento da astucia daqueles guerreiros em campo veio a primeira sensação libertadora, seria nossa primeira Libertadores paulista e desde então meu pai se tornou o ponto fora da curva e o primeiro de uma nova geração fecundada dentro de uma família palmeirense.
Até hoje, ele diz, que mesmo tendo assistido comigo dois mundiais, Libertadores, brasileiros, copas do Brasil, etc... Aquele foi o melhor dos momentos de sentir e saber o que de fato é ser corinthiano.
Por outro lado, minha mãe que me deu de presente o corinthianismo dela, de minha avó materna de meu avô materno, família que representa a origem corinthiana, a força dos operários, a fé da torcida que cresceu e multiplicou-se durante 23 anos de espera, família que simboliza a espera, a angustia de não saber quando a hora iria chegar... Mas chegou...
ENFIM, 1977, A Libertadores, O GRITO LIBERTADOR, O GRITO QUE CONVERTEU AS CORES PARA MUITOS.
Como não ser corinthiano se o sangue ferve com o que aprendi com meus ídolos de verdade? Pai e mãe, que herança maravilhosa...