Sandra Lima
em Bate-Papo da Torcida > O bom, o belo, o verdadeiro
Em resposta ao tópico:
É fácil bater na cobertura desengonçada da mídia, até porque, em tese, entender de futebol é o trabalho deles. Mas mesmo entre nós, o Corinthians de Tite a Carille causa embaraço.
Embaraço porque muitas vezes queremos julgar o time como se fosse uma mera soma das partes.
Aí todo jogo tenhamos fazer essa aritmética simples: jogador x, no vácuo, é melhor que jogador y. A mídia também comparando o máximo de cada jogador isolado, lógica que o cartola encarna tão bem, frequentemente considera que o Corinthians é a 'quarta força'.
Tem sempre um Palmeiras, um grêmio, um Flamengo, esperando para fazer essa lógica no papel colocar nossa prática real no seu devido lugar. Em nome do bom futebol, do futebol bonito. Do verdadeiro futebol.
Acontece que, como Tite tem mostrado na seleção, futebol, como todo coletivo, não é só a soma das partes.
No papel, jogador x faz mais desarmes. Mas isso porque no time que todo mundo desarma, essa função é dividida. E é o resultado do todo que importa.
O Corinthians não é, como os times de Parreira e Muricy, um time que se conforma em jogar feio. Não tem chuveirinho, e até o mandamento 1 dessa escola, manter a posse de bola, foi relativizado.
Nosso time não tem a beleza de um céu estrelado, onde pontos brilhantes fulguram isolados. Tem a beleza de um time que entra em campo sempre como constelação, onde sempre todos são importantes. São sempre um time, e são escalados já sempre assim: um todo maior do que a soma das partes.
Com isso não quero dizer que não tenhamos, em muitas das posições, os melhores jogadores do campeonato, mesmo por esses velhos critérios. A essa altura, já é impossível ignorar Jô, Cássio, Arana, Fagner, Balbuena, Rodriguinho e Jadson e outros tantos.
Mas o Corinthians é mais que isso.
#VaiCorinthians!