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Post de Ciro no fórum "Bate-Papo da Torcida" do Meu Timão

Fala fiel!

Muita se fala de esquemas para beneficiar o Corinthians com a Arena né?

Venho aqui para esclarecer alguns pontos e contar a história de como a Arena foi concebida.

E como gostam de ficar apontando o dedo para o Corinthians e sentar no próprio rabo, vamos aproveitar aqui após esclarecer esse assunto, para contar a verdadeira história de quem tanto gosta de se gabar e falar que o Corinthians é favorecido... Isso mesmo, vamos contar aqui a história corrupta do Morumbi.

Vai mais um textão rs Mas separei por trechos, caso já conheçam a história da Arena, podem ir direto para a do Morumbi.

Arena Corinthians:

O Corinthians vinha inicialmente estudando um projeto para uma Arena menor e menos luxuosa, e a pretensão seria gastar aproximadamente 350 milhões para levantar a Arena.

FIFA, comitê local e gestores do SPFC não chegavam á acordos para eliminar pontos cegos sem diminuir capacidade do estádio, além de problemas no entorno do estádio, estacionamentos e meios de transportes. Vamos lembrar que os aportes estimados necessários em investimentos para adequação do Morumbi à copa chegavam de 1,2 a 2 bilhões de reais. E o SPFC à época se vendo como única opção exigia que grande parte desse investimento viesse da FIFA e prefeitura, além de exigir que a obra fosse aos seus moldes e não os da FIFA.

Para prefeitura era interessante ter a Copa em SP: só na abertura o valor de lucro estimado para cidade chegava a 1,5 bilhões de reais com os 290 mil turistas esperados para o evento. E em longo prazo, 10 anos, a estimativa era de 30,75 bilhões.

Após o Morumbi ser considerado inadequado e sofrer o veto da FIFA, o comitê organizador local veio até o Corinthians para estudar a possibilidade de o clube adaptar sua futura Arena paras necessidades de uma abertura de Copa do Mundo, e evitar que a cidade de São Paulo perdesse a oportunidade de sediar uma copa.

Para sediar a partida de abertura foi necessário realizar modificações no projeto original, o que elevou o custo original de 335 milhões de reais para 1,07 bilhão de reais a fim de atender aos requisitos da FIFA. Além disso, devido a acordos da FIFA com o Brasil, TODAS as construções relacionadas com a Copa do Mundo não poderiam ser tributadas pelo governo federal brasileiro; o preço final acordado foi de 820 milhões de reais.

Um novo contrato foi assinado em 19 de julho de 2011, com a Odebrecht; 400 milhões de reais do total seriam financiados pelo BNDES e o restante de 420 milhões de reais em isenções fiscais concedidos pela cidade (CIDs).

Uma lei de 2007 declarou que esses créditos tributários podem ser usados por qualquer empresa que se estabelecer na região leste da cidade, oferecendo um crédito de sessenta centavos por cada real investido.

Os incentivos fiscais, CIDs, é uma lei de incentivos para qualquer investidor. Não é algo direcionado especialmente para o Corinthians. A cidade lucra com esse incentivo, em especial quando esse dinheiro é aplicado em uma região como a Zona leste, a mais populosa de SP.

O custo estimado de construção não incluía as despesas de instalação das estruturas móveis exclusivas para a Copa do Mundo, que elevariam a capacidade bruta do estádio oficialmente para 67 349 lugares. Esse valor deveria ser teoricamente da prefeitura, mas esse valor nunca foi, ou será aportado para o Corinthians que assumiu o prejuízo.

Em 2012, o promotor Marcelo Milani entrou com processo alegando irregularidade nos títulos emitidos (CIDs), e por conta disso dificultou a vendas dos mesmos. Essa ação no ministério público do Estado gerou prejuízos milionários ao clube que necessitou contrair empréstimos com juros altíssimos.

Em entrevista, o prefeito Haddad, relatou ter denunciado Milani por pedir propina de um milhão de reais para não entrar com essa ação.

Resumindo a questão dos CIDs, eles demoraram para entrar, obra estava em andamento e ao invés de ter o capital para colocar na obra, foi feito o empréstimo que atualmente complica a situação do nosso estádio e levou ao ponto em que está, uma dívida bilionária.

Hoje os custos estimados variam de acordo com a forma de pagamento, se o clube conseguir executar a quitação rápida é um valor, se demorar é outro... Fala-se de 1,2 a 1,6 bilhões. Corinthians vem arrecadando em média anual apenas com bilheterias algo em torno de 60 milhões por ano, sem falar em outros espaços como centro de eventos, estacionamentos, PSL, cativas etc.. À estimativa com esse faturamento seria quitar a Arena em aproximadamente 12 anos. Entretanto isso tudo depende da negociação do abatimentos de valores por parte da construtora, estimados em aproximadamente 215 milhões de reais e da velocidade da venda de CIDs de aproximadamente 400 milhões. Como podem ver, não é nenhum bicho de sete cabeças.

Além disso, sempre existe a velha possibilidade dos NR, mudaria toda configuração de pagamento da Arena. Sejam 300 ou 400 milhões de reais.

Sobre relações de políticos, empreiteiras etc... Estamos cansados de saber que o cliente nunca lucra nessas relações escusas, sempre é o prejudicado. Portanto, assim como o Brasil, se alguém sair lesado nesse imbróglio, certamente esse alguém será o Corinthians.

A realidade é que as contas estão aí para o Corinthians pagar, ninguém deu nada ao Corinthians. Se amanhã alguém vier e perdoar a divida, é outra história... Mas até aqui o Corinthians só foi lesado na construção da Arena e a cidade de SP só lucrou com a mesma.

Morumbi:

Em fevereiro de 2015 havia redigido um texto sobre o assunto no Meu Timão, mas como o assunto continua â tona, resolvi dar uma reciclada no texto e contar um pouco das verdades sobre a história da construção do Morumbi.

Até 1944 o SPFC não tinha um local para sediar seus jogos e era obrigado a sediar seus jogos no Pacaembu, enquanto os rivais Corinthians e Palmeiras já tinham suas respectivas casas. Fazendinha já chegou a realizar jogos para até 30 mil pessoas, e o Palestra (passou por inúmeras reformas até a mais recente) na época sediava partidas para até 25 mil pessoas.

Vamos lembrar que em 1944 o mundo estava acompanhando a segunda grande guerra e qualquer ligação com a Alemanha ou Itália era muito mal vista no país, especialmente após o Brasil se aliar contra os países do Eixo. Inicialmente o São Paulo tentou tomar o Palestra Itália do Palmeiras, mas não obteve exito. Mas em São Paulo não havia apenas italianos, haviam também alemães.

Então o SPFC começou a forçar a desapropriação da área do Canindé, que era de uma comunidade alemã (A Associação Alemã de Esportes, também conhecida como Deutsch Sportive).

O Deutsch resolve vender seu imóvel temendo perdê-lo confiscado, foi vendido para o SPFC em 29 de janeiro de 1944 por 740 contos de reis (corrigindo esse valor pelo IPC da FIPE teremos 500 mil reais, atualização de 2015).

Quando o São Paulo decidiu construir seu estádio, não poderia utilizar o terreno do Canindé por causa da Marginal, que estava sendo construída e desapropriou parte do terreno. Quando dinheiro levou o São Paulo nessa desapropriação? Ninguém sabe...

Depois, o São Paulo vendeu o Canindé para um membro da diretoria, que no ano seguinte o vendeu para a Portuguesa. Eu diria que essa é mais uma operação suspeita, afinal, porque um diretor do São Paulo compraria um campo + infra de treinamento, e revenderia um ano depois? Lavagem de dinheiro? Ou apenas um gesto de boa vontade para ajudar o clube a construir o Morumbi, já que o dinheiro da venda do Canindé foi utilizado integralmente construção do Morumbi?

Todas essas coincidências ocorreram durante a gestão Adhemar de Barros e Laudo Natel, vice-governador que acumulou por um tempo a função de Presidente do SPFC e Governador do Estado de São Paulo.

Arrecadações de dinheiro para construção do Morumbi:

Além dos valores já citados, da desapropriação de parte do Canindé nunca divulgada, e o valor da venda do Canindé para Portuguesa um ano depois, existiram outras formas de arrecadação de dinheiro para construção do Estádio.

LEI N.0 5.073, DE 31 DE OUTUBRO DE 1956 Dispõe sobre concessão de auxilio e dá outras providências. Wladimir de Toledo Piza, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, faço saber que a Câmara Municipal, em sessão de 24 de Outubro de 1956, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1.0 - Fica concedido ao São Paulo Futebol Clube, sociedade civil, com sede e foro nesta Capital, o auxilio de Cr$ 10.000.000,00 (dez milhões de cruzeiros) para o prosseguimento das obras do seu estádio, no Morumbi.

Em 1966, em pleno regime de ditadura militar, Laudo Natel já havia se tornado Presidente do São Paulo e, ao mesmo tempo, Governador do Estado, quando o seu 'mentor', Adhemar de Barros, foi cassado por corrupção.

O então Governador determinou que os estudantes da rede pública vendessem carnês chamados 'Paulistão'. O dinheiro arrecadado seria para a formatura dos alunos, mas, parte da arrecadação serviu para ajudar na construção do novo Estádio.

Obviamente o clube teve que recorrer a instituições financeiras em busca de capital volátil (ou seja, grana viva) para manter essa obra. Tomaram, por exemplo, um empréstimo de CR$ 5 milhões com a Caixa Econômica Estadual.

Foi importante também a participação do Bradesco, que emitia títulos em prol do São Paulo às empresas negociantes, que lá depois descontavam o valor. (Outra coincidência, Laudo Natel simplesmente era Diretor de Finanças do grupo Bradesco).

Sobre o terreno do Morumbi:

Inspirado na Lei n° 58, que regulamentava loteamentos, Luís Aranha conseguiu uma entrevista com o presidente da Imobiliária e Construtora Aricanduva, pleiteando que a área a ser destinada para parques e jardins fosse destinada ao São. Paulo FC. (Detalhe, o acionista majoritário da distinta construtora era nada menos que o Governador e torcedor confesso Adhemar de Barros).

Existe um relatório de 27/09/2010 do Ministério Público de SP (vou colocar o link para abreviar), declarando nula a doação do terreno, onde o relator José Borbolla Neto, conclui o relatório com o seguinte parágrafo:

“Resta claro, portanto, que existem indícios concretos indicando que a doação celebrada entre a Imobiliária Aricanduva e o São Paulo Futebol Clube é nula, indo além dos fatos concretos narrados na representação. - quais sejam de que o SPFC não cumpriu os encargos da doação (na hipótese de que esta última fosse válida). Existe, ainda, a possibilidade de eventuais irregularidades na aprovação do loteamento Jardim Leonor, haja vista a não exigência, por parte da Prefeitura Municipal, de compensação da área livre que fora doada ao clube.”

Em 2016 enfim a prefeitura de São Paulo entrou com uma ação na Justiça para pedir a anulação da doação do terreno onde foi construído o estádio do Morumbi. Segundo o autor da ação, o procurador Luís Felipe Ferreira Mendonça Cruz, a doação, feita pela construtora Aricanduva S.A., deveria ser destinada a uso público. Se a Justiça decidir a favor da prefeitura municipal, a operação estará anulada e o clube terá de negociar contrapartidas para legalizar a situação. A tendência é o caso levar anos para ser resolvido.

Quase 60 anos em que o São Paulo FC usa um terreno público de forma irregular. Cadê as ações dos jornalistas esportivos? Estes que parecem defensores do bem público ao cobrar o Ministério Público quanto ao terreno de Itaquera. Cadê o número do processo para o cidadão brasileiro acompanhar o andamento deste imbróglio?

Curiosidades I: O terreno de Itaquera pode ser acompanhado no site do TJSP pelo nº 053.01.016060-7 Para acompanhar o do Morumbi, qual nº é? Ou vão me dizer que o Ministério Público ainda não acionou o clube quanto ao terreno do Jardim Leonor.

Curiosidades II: Você sabia que a região denominada Jardim Leonor, possui este nome em homenagem a mulher do governador Adhemar Pereira de Barros?

Curiosidade III: Em 2011 Juvenal consegue R$ 3,1 bilhões para obras nos entornos do Morumbi em 2011. Segue o link:

http://spfc.net/news.asp?nID=53826 Juvenal consegue R$ 3,1 bilhões para obras nos entornos do Morumbi Presidente homologou acordo nesta terça-feira e decidiu a empresa que vai fazer as adequações de mobilidade urbana do estádio spfc.net

Vamos agora cobrar o Ministério Público e ao mesmo tempo cobrar para que todos estes jornalistas que tanto cobram e falam sobre nossa Arena, que cobrem também um pouco o Morumbi… pelo menos tentem disfarçar né. Porque esta ficando cada vez mais claro que as críticas são parciais e totalmente clubistas.

Abraço a todos

Fonte:

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em Bate-Papo da Torcida > Histórias: Arena Corinthians vs Morumbi

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  • Avatar de João Vitor

    Yuri tem sorte demais que a torcida implicou com o Cássio

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    Cássio já Disse FIEL, que não precisava prova mais nada pra ninguém

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  • Avatar de Marcelo Barbosa

    Grande tonhao e companhia

    Criado em 14 segundos por Marcelo Barbosa

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    Cássio e Fagner são especialistas em mortal kombat

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    Recado para quem ainda ousar em defender esse frangueiro:

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    E ontem o Antônio ressuscitou o mosquito! Jesus!

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    Desabafo!

    Criado em 9 minutos por Luciano Goncalves

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    Problemas que eu detectei no Corinthians (até agora).

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    O Romero foi muito mal ontem...

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    Avatar de Vinicius

    Gustavo Henrique ficou com medo de recuar outra bola para o Cássio e levou esporro kkkk

    Última resposta há 31 segundos por J@A Corinthians

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