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Atlético de Madri inaugura estádio de mais de R$ 1 bilhão, só que tem capacidade para 73.729 pessoas

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Samuel 424 posts

Publicado no Fórum do Meu Timão em 17/09/2017 às 00:17
Por samuel pires de souza (@samuel.pires)

https://www.msn.com/pt-br/esportes/campeonato-espanhol/atl%C3%A9tico-de-madri-inaugura-est%C3%A1dio-de-rdollar-1-bilh%C3%A3o-que-queria-pagar-com-%E2%80%98base-do-samu%E2%80%99-mas-que-ser%C3%A1-quitado-com-china-e-simeone/ar-AAs08od#image=AAs08od_1 https://www.msn.com/pt-br/esportes/campeonato-espanhol/atl%C3%A9tico-de-madri-inaugura-est%C3%A1dio-de-rdollar-1-bilh%C3%A3o-que-queria-pagar-com-%E2%80%98base-do-samu%E2%80%99-mas-que-ser%C3%A1-quitado-com-china-e-simeone/ar-AAs08od#image=AAs08od_1 msn.com |3

Atlético de Madri inaugura estádio de R$ 1 bilhão que queria pagar com ‘base do Samu’, mas que será quitado com China e Simeone.

Neste sábado, dia 17 de setembro de 2017 o Atlético de Madri inaugura seu novíssimo estádio, o Wanda Metropolitano, que tem capacidade para 73.729 pessoas e que já é classificado como um dos melhores e mais modernos do planeta tanto pela Fifa quanto pela Uefa. O primeiro duelo será contra o Málaga, às 15h45 (de Brasília), pela 4ª rodada do Espanhol, e terá transmissão ao vivo da ESPN Brasil e do WatchESPN.

Para o duelo, o Atlético preparou uma grande festa, que contará inclusive com a presença do rei da Espanha, Felipe II, que acompanhará dos camarotes.

Os torcedores que forem chegando desde cedo também serão agraciados com muitas atrações, como a abertura da nova loja oficial e das fan zones para quem não conseguiu ingressos, atividades para crianças e um happy hour com tinto de verano (bebida típica espanhola), cerveja, sucos e refrigerantes a 2 por 1.

Como quase toda grande obra, a arena colchonera não saiu barata: custou 306 milhões de euros (R$ 1,146 bilhão), sendo 240 milhões de euros (R$ 899 milhões) na construção e o restante em obras dos arredores, impostos e exigências da prefeitura da capital espanhola, como o preço do terreno (30,4 milhões de euros, ou R$ 113,74 milhões).

A equipe alvirrubra teve que assumir, por exemplo, o custo das obras de urbanização do entorno, que ficaram em 29,8 milhões de euros (R$ 111,5 milhões), além de também fazer 4 mil vagas de estacionamento ao redor do Metropolitano, que serão utilizadas por torcedores em dias de jogos, mas depois tornar-se-ão de uso público nos dias normais para quem quiser parar o carro na região.

Mesmo antes do início da construção, em 2013, o Atlético parecia ter o plano perfeito para ajudar a quitar todo esse montante: em um acordo firmado com a prefeitura, o clube iria ceder um setor do estádio para servir como base do Samur, o serviço de atendimento de emergência que corresponde ao Samu brasileiro.

Além disso, o clube iria ceder de 500 a 1 mil ingressos à prefeitura a cada partida de La Ligaou da Copa do Rei, ao preço de 40 euros (R$ 150), como forma de abatimento de impostos.

Contudo, isso acabou sendo proibido, já que, quando Madri perdeu a eleição para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016, que acabaram sendo no Rio de Janeiro, a arena deixou de ser candidata a ser o Estádio Olímpico da cidade no evento, o que tornou a obra exclusiva para uso privado (no caso, os jogos do Atlético).

Com isso, as leias espanholas proibiram esse tipo de ajuda do Estado a uma entidade particular, e o plano da 'base do Samu' acabou indo para o brejo.

O que parecia ter virado um problema, porém, foi solucionado com maestria.

Negócio da China
Em 2014, o Atlético de Madri vendeu 20% de suas ações por 45 milhões de euros (R$ 168,37 milhões) ao grupo chinês Dalian Wanda, que possui uma série de negócios na China, como shopping centers, cinemas e hotéis de luxo.

De cara, isso ajudou a agremiação a equacionar a antiga dívida de 200 milhões de euros com o fisco espanhol - algo que 'afogou' os colchoneros em anos de crises e fracassos antes de sua atual era de ouro.

Depois, a equipe acertou a venda dos naming rights de seu CT por 15 milhões de euros (R$ 56 milhões) e também de estádio para o próprio conglomerado chinês, em um acordo de uma década que renderá mais 10 milhões de euros (R$ 37,41 milhões) por ano aos cofres alvirrubros.

Com isso, os asiáticos irão injetar um total de 165 milhões de euros (R$ 617,38 milhões) no Atlético ao longo de 10 anos.

Isso é suficiente para pagar mais da metade do custo da construção do novo estádio (os 306 milhões de euros).

A entrada de dinheiro chinês também permitiu aos clube começarem a criar uma teia para expandir a marca pelo mundo e revelar novos jogadores.

Para isso, foi criada uma filial do Atlético na Índia, um dos mais novos (e ricos) mercados do futebol. Ademais, foram compradas 34% das ações do Lens, tradicional equipe da França - e conhecida por sua boas categorias de base - que passará a ser usada como centro de desenvolvimento de atletas pelos madrilenhos.

Mas de onde vem o restante do dinheiro que o Atlético vai usar para pagar o Metropolitano? A resposta tem nome e sobrenome.

Simeone 'paga' o resto
Não é segredo para ninguém que o técnico Diego Simeone transformou o Atlético de Madri da água para o vinho.

Quando o argentino chegou à equipe, em dezembro de 2011, o time estava completamente endividado, no fundo da tabela do Campeonato Espanhol, havia sido eliminado da Copa do Rei pelo Albacete, da 3ª divisão, e não tinha nem patrocinador master. A consultoria Deloitte o colocava como 25º mais rico da Europa (atrás de times como Schalke 04 e West Ham), e apenas o 5º da Espanha.

Seis anos depois, os colchoneros vêm de duas finais recentes de Uefa Champions League e títulos de La Liga, Copa do Rei, Supercopa da Espanha, Supercopa da Uefa e Liga Europa.

O faturamento quase triplicou (dos 100 milhões de euros para os atuais 280 milhões de euros), os sócios pularam de 60 mil para 87 mil e a Deloitte hoje o considera o 11º time mais rico do mundo. Aquela dívida 'monstruosa' de 200 milhões de euros com o fisco, por sua vez, já está quase encerrada.

Ninguém faz nada sozinho, mas certamente dá para dizer que o Cholo, com seu estilo aguerrido e meio louco, além de seu lema ('O coração em campo iguala qualquer orçamento'), teve grande parte de responsabilidade pelo sucesso.

O plano da diretoria alvirrubra é torná-lo um 'novo Alex Ferguson'. Não à toa, ele renovou recentemente seu contrato com a equipe madrilenha até 2020, o que já o deixará com nove anos no cargo ao final deste período.

Com o 'Cholo', os cartolas têm certeza que o Atlético estará sempre disputando as primeiras posições da tabela do Espanhol e também brigando pela taça na Champions, a consequência é estádio sempre cheio e torcida animada, o que significa entrada de muito dinheiro com bilheteria e direitos de TV.

O carisma do argentino também é responsável por gerar muitos milhões para a equipe de Madri, principalmente com marketing e na internet. Desde que ele assumiu como treinador, o Facebook do clube passou de 4 para quase 14 milhões de likes, por exemplo.

Além disso, o sucesso em campo trouxe fontes diversificadas de renda. Hoje, o Atlético excursiona para promover a marca do time na Ásia, na América Latina e nos Estados Unidos durante as pré-temporadas. A camisa nunca esteve tão em alta, com um vantajoso contrato com a Nike, cada vez mais patrocinadores e aumento de 25% das vendas de uniformes desde 2014.

Bom de mercado, Diego também transformou o Atlético em uma máquina de fazer dinheiro no mercado da bola, comprando jogadores jovens, desconhecidos ou em má fase por valores baixos e depois os vendendo por quantas exorbitantes (isso depois de 'espremer' todo o potencial do atleta), como nos casos dos atacantes Diego Costa e Jackson Martínez ou do meia Arda Turan, por exemplo.

Orçamento não para de crescer
A era de ouro do Atlético nas mãos de Simeone fez o clube sair da crise para se tornar um dos clubes mais ricos do mundo. O orçamento aumenta ano a ano, e o céu parece ser o limite para a diretoria colchonera.

Quando o 'Cholo' assumiu, em 2011, o clube faturava meros 124 milhões de euros (R$ 464 milhões, na cotação atual) por ano.

Já nesta semana, o jornal Marca publicou que os cartolas do clube já aprovaram uma receita de 343 milhões de euros (R$ 1,283 bilhão) para a próxima temporada, disparado o maior valor da história do clube - o recorde anterior era de 280 milhões de euros (R$ 1,047 bilhão), na temporada passada.

E as previsões são ainda mais ambiciosas.

Na reunião, o presidente da agremiação, Enrique Cerezo, disse que a meta é chegar a um orçamento próximo de 400 milhões de euros (quase R$ 1,5 bilhão) até a temporada 2019/20 - ou seja, a distância para os poderosos Real Madrid e Barcelona vai ficando cada vez menor.

Com tanto dinheiro entrando, fica fácil pagar o Metropolitano.

E o futuro parece brilhante (e cheio de dinheiro) para o Atlético de Madri.

Atlético de Madri deve ter casa lotada para a inauguração do estádio.

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@luiz.otrio em 17/09/2017 às 02:28

Isso só mostra o tanto que nos roubaram

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@richard.vinicius1 em 17/09/2017 às 02:10

Isso tudo é impossível no futebol brasileiro

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@fabiogarcia em 17/09/2017 às 16:29

Isso só mostra o tamanho do roubo que aconteceu pelas bandas de cá, mas independentemente disso lá é tudo mais barato, os impostos pra cá, nos comem pelas pernas, encarece tudo.

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Miguel 1.028 posts

@mitintn em 17/09/2017 às 15:42

Não se compara impostos, custo de material de um país para o outro + suborno rsr

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Alexandre 3.017 posts

@adomingos em 17/09/2017 às 15:40

Fomos roubados em 400 milhões de reais, quem vai averiguar o Andrés?

Lava-Jato na Arena Corinthians senão vamos morrer sem saber qual valor real da obra, se foi presente para o Lulla então ele negociou um por fora, a Arena tá linda porém saiu muito cara.

Não podemos fazer de conta que está tudo bem, tipo avestruz, vamos descobrir e doa a quem doer.

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Caio 2.225 posts

@starxdust em 17/09/2017 às 13:28

Cara, lá é a Espanha

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Raphael 1.063 posts

@raphael.pode.pah em 17/09/2017 às 13:05

Os impostos de la são diferentes do daqui.

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Marcello 54.086 posts

@timao.sc em 17/09/2017 às 12:32

Sobre a Arena SCCP quem esteve a frente do negócio deveria de todas as formas favorecer o clube, ter garantias da vendas do CIDs, da forma de pagamento sem comprometer o clube..num taxa de juros baixa..afinal com o Sr. Andrés falava na época o SCCP não precisa de um estádio padrão Fifa, se querem que deem condições pra ser feito...conversa pra boi dormir, mais uma mentira...sem copa não teria estádio e tudo foi feito do jeito que todos queriam...e o clube foi o único prejudicado e a arena do jeito que estão fazendo não vai ser paga nunca

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Ranking: 8º

Marcello 54.086 posts

@timao.sc em 17/09/2017 às 12:32

Acho que esse exemplo não cabe aqui, o Brasil vive outra realidade, porém só uma pessoa muito inocente acredita que a Arena Corinthians não foi superfaturada, não gerou muito dinheiro aos envolvidos..afinal foi pra isso que a copa serviu pra fazer a alegria do povo com futebol e dos envolvidos diretamente com milhões pra todo mundo, onde esta o dono da odebrecht? Preso! é que o interesse do MP e da PF ainda esta em torno dos peixes grandes, Ex presidentes, Ministros...a copa ainda não foi revirada como deveria, e tlvz nem vá...Olha o Nuzman ai com as Olimpíadas, um cara que supostamente parecia idôneo, foi o que mais roubou...e as Olimpíadas assim como o Pan também serviram apenas pra roubar o pais.

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Ricardo 37.675 posts

@ricardo.gomes3 em 17/09/2017 às 12:28

Fosse a turma do Andrés custaria 3 bilhões não estaria totalmente pronto