Clame Saparia
Desculpe, isso parece mais campanha do que informação...
em Estádio do Corinthians > Quadrilha dentro do Timão
Em resposta ao tópico:
Contrato do Fiel Torcedor deixa 75% dos lucros principais à empresa
Assinado originalmente em 7 de dezembro de 2007, o acordo com a OMNI para administração do programa Fiel Torcedor recebeu quatro renovações ao longo dos anos, sendo a última em 23 de setembro de 2013 e com validade até 6 de dezembro de 2019. O primeiro contrato e os três aditivos seguintes foram assinados por Andrés Sanchez, então presidente. Já a renovação mais recente teve a assinatura de Mário Gobbi.
As contestações de conselheiros giram em torno dessa renovação, realizada sob a alegação de que era preciso um investimento de R$ 5,4 milhões em equipamentos para controle de acesso à Arena Corinthians que estivessem dentro do padrão solicitado pela Copa do Mundo.
Os contratos verificados por conselheiros, porém, mostram que esses aparelhos são apenas emprestados pela OMNI, que poderá levar tudo embora se deixar a operação do Fiel Torcedor.
Os conselheiros também contestam a distribuição de lucros do programa, que é mais vantajosa à empresa que ao clube. O formato de divisão é complexo, mas está vigente desde a instituição do programa de sócios do estádio, há uma década. É feito um escalonamento para divisão dos lucros, o que garante à OMNI uma remuneração de 75% dos valores arrecadados com os 15 mil primeiros filiados ao Fiel Torcedor. O Corinthians fica com os 25% restantes.
A partir dos sócios na faixa de 15 mil a 25 mil inscritos, a OMNI reduz a margem de lucro para 60%, o que segue para outros escalonamentos: entre 25 e 30 mil, a empresa tem 50%; entre 30 mil e 45 mil, a margem desce para 40%; entre 45 mil e 60 mil, o número muda para 25%; entre 60 mil e 75 mil, desce para 15%; entre 75 mil e 90 mil, passa a 10%.
O maior patamar do Corinthians é entre sócios a partir do número 90 mil: a OMNI fica com 5%, e o clube com 95% dos valores arrecadados. Hoje, de acordo com o Movimento Futebol Melhor, o Corinthians lidera o ranking de sócios dos clubes brasileiros com 124.713 inscritos.
Ao longo de sua gestão, o presidente Roberto de Andrade também flertou com a possibilidade de rescindir com a OMNI o acordo do Fiel Torcedor, mas não obteve êxito. O único movimento de sucesso foi na identificação de despesas em excesso que eram apresentadas pela parceira, o que diminuía a margem de lucro do clube.
OMNI é parceira do Corinthians há cerca de uma década
A empresa iniciou suas atividades no Corinthians em 2007, de forma modesta, com o controle de acesso ao Parque São Jorge. Hoje, é parceira do clube em cinco acordos distintos: o controle do Fiel Torcedor, a administração do estacionamento, a operação da Arena Corinthians, o controle da bilheteria do estádio e ainda dá nome ao teatro corintiano.
Não há registros de aparições públicas de Marta Alves de Souza Cruz e Luiz Alberto Ravaglio, proprietários da empresa, que jamais concederam qualquer entrevista sobre a parceria com o Corinthians. A reportagem enviou mensagens à OMNI, que não se manifestou sobre o trabalho apresentado pelos conselheiros do clube.