Anat Picareta
Olha pra temporada que se passou, pros títulos que conquistamos e para o desempenho em campo nas diversas situações e contextos que experienciamos, só podemos chegar à essa conclusão: o Corinthians só ganhou o Brasileirão por jogar como copeiro, e na única vez que esteve perto de perder foi por ter deixado o estilo copeiro de jogar!
Tinha muito mais capacidade de vencer a Copa do Brasil e a Sulamericana do que Cruzeiro e Flamengo ou Independiente. Aliás, perdeu as duas pra si mesmo quando afrouxou as linhas.
O exemplo maior disso são todos os pontos altos da equipe ao longo da temporada: futebol e garra em momento de pressão e superação. Exatamente o que uma equipe copeira precisa. Inteligência tática e psicológica, garra e determinação.
Partida contra a porcada no Paulistão; partida contra Grêmio no sul; contra porcada no salão de festas da Barra Funda; e, por fim, a derradeira vitória sobre a mesma porcada em Itaquera.
Todas estas em situações de delicadeza e 'desvantagem' corinthiana. Todas em posição de quarta força.
Além do mais, durante estas partidas, a equipe demonstrou, como poucos elencos recentes do Corinthians, saber jogar com a torcida. Se a Fiel já sempre soube fazer um caldeirão e inflar o time, a equipe de 2017 soube por o coração no bico da chuteira quando olhou pra arquibancada ou ouviu o barulho ensurdecedor que ela fazia.
Com as contratações pontuais que devem (esperamos!) ser feitas, e a manutenção desse DNA de jogo e do elenco em geral, aliado ao senso de leitura e renovação que Carille demonstra, revendo os erros cometidos em 2017 e, claro, conosco ao lado deles (como nossa média de mais de 40 mil por jogo), podemos esperar grandes coisas em 2018.
Um futebol vistoso e genial: duvido um pouco. Agora a experiência de 2017 + a mesma garra e determinação dos momentos de superação e viradas, nos faz poder crer em grandes campanhas, principalmente nos mata-matas.
em Bate-Papo da Torcida > Esse time é muito mais copeiro do que demonstrou ser nos mata-matas...