Vamos lá, por várias situações:
1)O projeto foi vendido a imprensa e a torcida como patrocínio, mas na realidade não existe patrocínio e sim uma parceria. Logo, temos o primeiro problema, se é uma parceria (o que não há problema algum) não tem porque ceder o espaço mais nobre do uniforme, este valor poderia continuar vago para outra empresa. Agora, se cederam o valor cobrado foi de 12 milhões anuais, um dos menores da série A. Eu não posso considerar expectativa futura baseada em projeções de que ganharei alguma coisa.
2)Todos deveríamos ficar com o pé atrás a partir do momento que no espaço de 1 semana, deram 4 versões diferentes para a negociação. Ora, se a parceria é fantástica e pode render muito dinheiro, por qual motivos - Andrés, Rosemberg e Matias deram informações divergentes entre si? Por qual motivo, no anúncio da parceria não se contou a verdade?
3)Como vamos ter certeza do número exato de contas e produtos abertos e quanto cada um gerou de lucro? Confiaremos simplesmente na informação do BMG? O Corinthians contratará uma empresa de auditoria? E, se eles não conseguem ser transparentes nem no anúncio da parceria por que deveríamos confiar e acreditar que os números informados pelas partes correspondem a realidade?
4)Rosemberg como sempre não mostra e não demonstra, nem para os próprios conselheiros, como chegou a projeção, baseado em que, em qual premissas? Em 2011, Rosemberg foi o responsável pela modelagem financeira da Arena, em seus cálculos haviam pressupostos como: média de ocupação de 90%, ticket médio de 80 reais, 3 milhões de receita por jogo, venda de 100% dos camarotes até 2016, venda de 100% das PSL até 2016 e venda de todo o espaço publicitário. Isso não tem a ver com as condições de mercado da época, como costumam dizer, qualquer criança saberia dizer que arena nenhuma consegue manter 90% de ocupação, muito menos cobrando 80 reais por torcedor como imaginava. Ele é o principal responsável pela dificuldade que estamos enfrentando para pagar a arena.
5)Quer fechar parceria que feche, mas não entregue o espaço master sem ter certeza de recebimento. Se o projeto é tão bom, podendo render mais de 100 milhões anuais, o clube poderia negociar um 'fee' menor e vender o espaço principal a outra empresa. Nos moldes atuais, levando em consideração uma direção que sempre omite informações não há porque acreditarmos que o projeto trará algum retorno certo.
É apenas um tiro no escuro, no fundo Rosemberg tira o dele da reta e joga a responsabilidade para as costas dos torcedores, se não der certo a culpa será nossa e jamais da diretoria.