Rodrigo Gomes
Por mais que eu queira ignorar, não dá para deixar passar em branco essa tal piscininha que acontece no estádio do Corinthians.
A Arena que se auto intitula casa do povo e que para o povo mesmo NADA, já é elitista de nascimento com suas nababescas marmorizadas paredes e irresponsável com valores que ancoram o time em dívidas para lá de faraônicas. Isso não é coisa da gente simples que honra seus pagamentos e sim coisa de novos ricos que gastam muito mais do que podem e ostentam aquilo que, via de regra, não são.
Se já não bastasse tudo isso, seus salgados ingressos inviabilizam a presença da grande massa, dona do time, que não se enganem os jovens marqueteiros de plantão, o Corinthians é uma torcida que tem um time, agora surge essa ridícula piscina que, além de piada pronta, ainda escancara que o Corinthians está a cada dia mais distante do que o que realmente importa.
Enquanto o povo NADA, NADA, a piscina segue afogando a nossa essência. Somos do terrão, somos da Fazendinha do jeito de um Wladimir, de uma gente simples que, senão teve o talento como história, sempre se orgulhou da sua simplicidade e da sua raça.
Estamos virando um time de jogadores mimados, que tem tudo e ainda entregam nada, torcedores elitistas e ostentadores que nadam quando deveriam torcer, e de marqueteiros de meia tigela que não tem competência para sequer vender a principal propriedade publicitária do time e jogam sob a responsabilidade da mesma gente que não querem na Arena para conseguir viabilizar seus resultados.
Se o time ganha dinheiro com a TV é pelo povo.
Se o time ganha dinheiro da Nike, é pelo povo.
Se o time tem 30 milhões de torcedores, advinhem o porquê!
Ao invés dessas ideias toscas, abram espaços para nossa gente simples que sempre foi a marca do time e façam a arena verdadeiramente do povo.
Devolvam o Corinthians aos seus verdadeiros donos e não excluam aqueles que mais do que parte da sua história, são o Corinthians em si mesmos. Para que a casa do povo seja de fato e de direito.
em Bate-Papo da Torcida > Bem-vindo a casa do povo. Será mesmo?