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Invasão ao maracanão em 1976 - Corinthians leva 80 mil ao Rio de Janeiro

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A Invasão Corinthiana ao Maracanã foi o histórico dia (05/12/1976) no qual a torcida do Timão invadiu a cidade do Rio de Janeiro e pintou o Maracanã de preto e branco.

Mais de 70 mil corinthianos invadiram o Maracanã para acompanhar a partida entre o Corinthians e o Fluminense pela semifinal do Campeonato Brasileiro. O placar foi 1 x 1 e o Timão garantiu a classificação à final nos pênaltis. No tempo normal o Fluminense saiu na frente com um gol de Carlos Alberto Pintinho, aos 18 minutos. Ruço empatou para o Timão aos 29 minutos, de meia-bicicleta.

Nas penalidades máximas, o goleiro Tobias pegou as cobranças de Rodrigues Neto e Carlos Alberto Torres e garantiu a vaga na final da competição, quando o Timão acabou perdendo para o Internacional-RS. O torcedor corinthiano dividiu o Maracanã com a torcida do Fluminense, que na época tinha a “Máquina Tricolor”, uma das maiores equipes da história do clube carioca. O público pagante foi de 146 mil pessoas.

“Foi o maior feito que eu vi no Corinthians. Nunca vai acontecer algo parecido. Eu só senti a mesma coisa que naquele momento no nascimento dos meus três filhos”, lembra o ex-lateral Wladimir, recordista de jogos pelo Timão.

O episódio entrou para a história como um dos maiores capítulos da história de amor e fidelidade entre a Fiel Torcida e o Corinthians.

Torcedor fanático do Fluminense, até o dramaturgo Nelson Rodrigues se rendeu e ficou impressionado com a força da Fiel. “Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do Timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta”, escreveu Nelson Rodrigues na edição no dia 06/12/1976 do Globo.

“A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado com tamanha euforia. Um turista que por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: - “O Rio é uma cidade ocupada”. Os corinthiano passavam a toda hora e em toda parte”, completou o dramaturgo, autor das maiores crônicas da história do futebol brasileiro, reunidas nos livros “A Pátria em Chuteiras” e “À Sombra das Chuteiras Imortais”, além de peças como “Boca de Ouro”, “O beijo no asfalto”, “Bonitinha, mas ordinária”, “Toda nudez será castigada”, entre outras.

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