Publicado no Fórum do Meu Timão em 20/06/2016 às 21:41
Por Wellington Gonçalves
(@wellington.goncalve1)
Se puxarmos a história, vamos ver que durante grande maioria dela o Corinthians foi relacionado com raça, entrega, doação e luta. De tempos para cá, começamos a prezar mais pelo lado técnico, toque de bola e disciplina tática, mas ainda assim vemos como marcante o quão raçudo são os jogadores. Geralmente, quem fugisse a essa regra não caia nas graças da torcida. Mas parece que as coisas mudaram e para explicar isso usaremos dois exemplos atuais, que figuram o plantel alvinegro neste temporada.
Não é novidade para ninguém que o volante Bruno Henrique não agrada a maioria dos fiéis corinthianos. Mas por quê? Em tese, era para agradar, até por ser um dos poucos que 'suja o uniforme'. O camisa 25 costuma lutar por todas as bolas, quebra galho em posições que não rende o seu melhor e por vezes é deslocado até para a defesa. Alguns vão dizer que estamos o elogiando apenas pelos gols de ontem, mas vai muito além disso. Até se tirarmos os tentos marcados diante do Botafogo, o meia fez uma partidaça, desarmando e lutando muito, como sempre.
Ao contrário de BH, Marlone é amado e aclamado pela fiel. Repetimos a pergunta então: por quê? Teoricamente, o camisa 8 é antítese do que agradaria o torcedor tempos atrás. Sempre que entrou o meia tentou cavar muitas faltas, se jogou por inúmeras vezes e correu bem menos que seus concorrentes de posição. Apesar de tudo isso, segue pedido por todos e, por incrível que pareça, alguns já comemoram a possibilidade de mais espaço para ele por conta de chegada de Cristóvão.
Em alguns casos, o alto nível técnico compensa a falta de raça, mas Marlone não é um desses exemplares. Não tem muita justificativa além do belo gol de voleio, mas já comentamos mais desta questão em um texto por aqui, confira.
É bem óbvio que Bruno também está longe de ser um primor de jogador e suas fracas partidas na temporada fazem por merecer críticas. Mas em um mundo em que damos tanto valor para Marlone, BH merecia muito mais respeito, justamente por ter uma característica que sempre amamos: a raça. Além disso, é visível a melhora do volante quando atua com uma dupla equilibrada, não ficando sobrecarregado.
Precisamos analisar com mais calma o nosso fraco plantel. Cobramos tanto por gente que nem merece e criticamos demais quem tem importante papel dentro de campo. Técnicamente poucos se salvam nesse grupo, o normal era darmos valor aos que sobram pela raça, não por quem fez um golaço e se manteve andando em campo. Corinthiansanalises Facebook
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