A Caixa patrocina o Corinthians e logo surgem os discursos de que é um absurdo uma empresa do governo patrocinar um time de futebol. Que deveria patrocinar todos, ou nenhum.

E sim, há um fundo de verdade nessa tese.

A questão é que nota-se a verdadeira intenção do discurso com 5 minutos de reflexão. Não se trata de “justiça”, “direitos”, etc. Trata-se de clubismo, torcida rival e chororô.

Afinal, caro torcedor que acha um absurdo e protesta neste momento, me explique porque não fez campanhas e discursos cheios de razão por aí quando viu a Caixa anunciar na Globo e não no SBT, por exemplo?

Porque quando um outdoor da Caixa aparece no shopping da Barra você não sai na rua gritando que é preciso também ter um no Shopping Leblon?

Porque você não torce pra shopping e, portanto, não te causa raiva.

Em que momento da sua vida justa e cheia de ética você notou que uma empresa pública anunciava em A e não em B, C e D? Nunca. Mexa com meu bolso, com minha vida, mas não com meu time.

Não temos crédito algum pra iniciarmos um chororô coletivo se passando por éticos enquanto na verdade estamos é pensando em futebol, e só.

Não fosse a bola, a paixão por ela, ninguém teria notado. Mas é o Corinthians, inimigo de todos, hoje poderoso e campeão. Logo, é um “absurdo”.

Pode ser anti ético, pode ser contestável, pode ser discutível e até mesmo um “absurdo”, conforme a cabeça de cada um.

O que não pode é se passar por um radical em busca da ética quando na verdade você é só um torcedor querendo ver o seu rival se f….

Fonte: Blog do Rica Perrone