Final da Copinha prejudica preparação física dos atletas
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Por Meu Timão
Uma semana após levantarmos a nona taça da Copa São Paulo de Futebol Junior, é preciso olhar pra trás, falar como uma autoridade de quem chegou 16 vezes a final da competição e perguntar: que horário é aquele da final da Copinha?
Com a partida decisiva iniciando às 11 horas da manhã e terminando por volta das 13 horas, atletas com idade entre 17 e 19 anos jogavam futebol se derretendo no sol de 33 graus que atingiu em um sábado de sol, no Pacaembu, em São Paulo.
É óbvio que se o Timão tivesse perdido e estivéssemos falando sobre isso, pareceria uma desculpa de perdedor, mas o problema felizmente não é esse. Ganhamos a competição e uma das primeiras entrevistas dos jogadores do Corinthians, ainda no gramado, foi reclamando da dificuldade de jogar no calor e da readaptação para jogar de manhã.
Acostumado a jogar de noite, como foi o caso da semifinal, três dias antes, o Timão terminava a partida por volta das 23 horas. Então os jogadores tomava banho, pegavam seus pertences no vestiários, voltavam pra concentração, esperavam a adrenalina do jogo abaixar, e dormiam, por volta das 2 ou 3 da manhã. No dia seguinte, acordavam mais tarde, tomavam café da manhã reforçado e seguiam essa rotina.
Na final, não. Nada disso aconteceu. Tendo que chegar com horas de antecedência no Pacaembu, os atletas mal dormiram, mudaram a alimentação e entraram em campo sob o calor do sol do meio dia.
É claro que não é só o Timão que leva a pior na história, já que a mudança prejudica os dois times, mas bem que a FPF poderia marcar a final para às 17h00 e não prejudicar ninguém, nem mesmo a torcida. Até quem estava lá somente sentado na arquibancada, tomando sol na cabeça, agradeceria e curtiria muito mais o espetáculo se não passasse tanto calor e pudesse acordar um pouco mais tarde no feriado da cidade.