Corinthians vai à justiça pelo direito do torcedor
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Por Mayara Munhoz
O Corinthians decidiu tomar todas as medidas cabíveis para que a decisão de torcida única no clássico de domingo seja revogada. O clube divulgou agora uma nota oficial em que repudia a decisão do Ministério Público e da Federação Paulista de Futebol.
Nesta quinta-feira, a FPF acatou a recomendação feita pelo Ministério Público para que o jogo entre Palmeiras e Corinthians, no domingo, no Allianz Parque, tenha apenas a torcida palmeirense.
Além do MP, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, também pediu pela torcida única. A decisão foi tomada por medida de segurança.
Confira a nota na íntegra:
O Sport Club Corinthians Paulista vem a público repudiar a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, acatada pela Federação Paulista de Futebol, no sentido de que a partida entre Sociedade Esportiva Palmeiras e Sport Club Corinthians Paulista, designada para o próximo dia 08/02/2015, seja realizada permitindo-se apenas a entrada de torcedores do clube mandante.
O Corinthians é, foi e sempre será favorável à presença das torcidas das duas equipes nas partidas de futebol. Qualquer medida em sentido contrário atenta contra a própria razão de existir do esporte.
A recomendação em questão é discriminatória e casuísta, pois relata em seus considerandos episódios lamentáveis de violência que infelicitam nosso futebol há anos, cita promessas de vingança e retaliação entre torcedores ocorridas pelas redes sociais (o que acontece desde que as redes sociais foram criadas), mas recomenda torcida única apenas para os jogos entre Corinthians x Palmeiras, por prazo indeterminado.
Se o Poder Público não consegue conter e combater os torcedores violentos – estes sim os que deveriam ser afastados dos estádios – não é determinando a realização de partidas com torcida única que o problema será resolvido.
Dessa maneira, o Corinthians torna público que tomará todas as medidas cabíveis para garantir os seus direitos e os direitos de seus torcedores, inclusive junto ao Poder Judiciário.