Sem reserva no Paulistão, Tite tem indecisão sobre Uendel
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Por Meu Timão
A ausência de Fábio Santos, que passou por cirurgia e ficará pelo menos mais um mês afastado dos gramados, virou um dos maiores problemas para o técnico Tite do Corinthians. Dono absoluto da posição, o lateral-esquerdo tem 205 jogos com a camisa do Timão - e desses jogos, só não entrou como titular uma única vez.
Sem ele, a vaga de titular ficou para Uendel, que tem feito um bom trabalho. O problema de Tite, porém, será a maratona de jogos do Corinthians. Disputando duas competições ao mesmo tempo, o comandante alvinegro só tem mais uma opção para a vaga: o jovem Guilherme Arana.
"Na Ponte Preta eu fiquei um ano jogando sem reserva e joguei todos os jogos. Sempre trabalhamos com a ideia de não se machucar, mas nunca se sabe o que vai acontecer", contou Uendel, lembrando de que, se ele sofrer uma lesão, a equipe fica sem lateral, pelo menos no Paulistão.
Por causa da limitação de inscritos da Federação Paulista de Futebol, Arana não está no time de 28 atletas corinthianos que podem disputar o Estadual. Ou seja, se Uendel sofresse uma lesão - algo que já aconteceu em 2015 -, o técnico seria obrigado a improvisar alguém para a posição.
"A responsabilidade é grande e eu tenho que corresponder. Tenho que me cuidar, mas não tem que ter um diferencial. Um bom atleta se cuida sendo titular ou não", declarou Uendel, ciente de sua responsabilidade dentro do elenco alvinegro no atual momento.
A decisão agora pesa sobre o departamento técnico: para o Estadual, Tite terá de manter Uendel ou improvisar na posição. Com Uendel, o treinador assume um risco maior de desgaste ou lesão, e poderá perder o atleta para o confronto contra o San Lorenzo, na Libertadores. Sem ele, Tite põe em xeque a campanha do Estadual em nome da prudência.
Caso opte pelo segundo caminho, um dos nomes discutidos para a posição tem sido Mendoza: o jogador é muito rápido e poderia cobrir o setor esquerdo. O colombiano, porém, apesar de ter sido comparado com Jorge Henrique por Tite - não tem o mesmo poder de marcação, e poderia criar espaços vulneráveis na defesa.