Financiada junto ao BNDES, o pagamento da Arena Corinthians foi planejado considerando uma combinação de receitas que incluíam desde a bilheteria, venda de camarotes, aluguel de espaços e até mesmo o naming rights. A engenharia financeira por trás do projeto era delicada, mas segura.

Sem as receitas adicionais, a expectativa era contar com a Fiel ocupando o estádio e garantindo a renda para o Fundo que administra a Arena. Por isso, mesmo com muitos dos pontos ainda não completados, a boa notícia é que o planejamento tem dado certo.

As prestações - que custam cerca de R$ 5 milhões mensais - vem sendo pagas com o dinheiro arrecadado com a bilheteria. Com a elevada média de público, a renda atual da Arena é suficiente para quitar 94% das parcelas do financiamento total de R$ 400 milhões.

Desde a primeira parcela, paga em julho deste ano, até aqui o Timão recebeu dez jogos em casa, acumulando uma renda líquida - com as devidas despesas descontadas - de mais de R$ 12 milhões. Contra o Santos, o Timão conquistou mais R$ 2,6 milhões de renda bruta, que após os descontos serão adicionados ao montante, totalizando algo em torno de R$ 14 milhões.

O valor se aproxima muito dos R$ 15 milhões necessários para cobrir os três meses de prestações, e são resultados animadores. O maior problema, entretanto é que - após a sequência de jogos em casa - o Timão ficará distante da Arena por quase um mês.