Corinthians mantém padrão tático, mas Tite precisa adaptar papéis
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Por Meu Timão, da Flórida (EUA)
Atual campeão brasileiro, o Corinthians estreou com derrota na temporada de 2016. Neste domingo, o Timão sofreu com a falta de ritmo e acabou superado pelo Atlético-MG por 1 a 0. Apesar do resultado em si, o técnico Tite viu com bons olhos a atuação de sua equipe contra um adversário imponente – segundo ele, um dos melhores do Brasileirão do ano passado.
“Eu tinha um dilema de uma situação mais conservadora ou o time procurar fazer o que fará no ano. Foi isso que nós conversamos com a comissão técnica. Independentemente de correr algum risco pela força do Atlético-MG, o nível do primeiro tempo foi muito bom. As triangulações e as qualidades das duas equipes se mantiveram”, explicou, em entrevista coletiva.
A etapa inicial do confronto, válido pela Florida Cup, foi bastante disputada. Enquanto o Atlético-MG mostrava entrosamento, já que não sofreu com a perda de jogadores neste início de ano, o Corinthians tentava controlar o meio de campo e tinha em Elias seu maior trunfo. Sem Jadson e Renato Augusto, o jeito foi improvisar.
“Se entende essa organização da equipe em função do que tu disseste agora, são atletas já trabalhados ano passado, então a coordenação de movimentos acontece. Mesmo com só jogadores que estão entrando, o Lucca, eles já têm essa concepção. Levamos essa vantagem, Arana e Uendel, Fagner e Edílson”, acrescentou o comandante.
Além da dupla de armadores, Tite também não pôde contar com outro campeão brasileiro: Vagner Love. Negociado com o Monaco, da França, o centroavante foi substituído por Danilo. A decisão de utilizar um armador na função de atacante foi uma adaptação do técnico, que se vê sem opções para o setor.
“Danilo retomou uma função que fez no ano passado contra o Once Caldas (COL) no primeiro jogo. Ele não vai ficar enfiado. Ele tem essa liberdade entre a linha de meio de campo e a linha dos zagueiros. Ele tem inteligência pra fazer a tabela, ou de profundidade ou de uma diagonal. Como é um espaço reduzido, facilita os movimentos”, disse.
“Tem sustentação, tem força, tem inteligência. Característica da equipe é sempre ter um articulador”, continuou sobre o camisa 20. Por isso, a adaptação de papéis introduzida neste início de trabalho do Corinthians foi benéfica, na avaliação do próprio professor. “Mas volto a dizer, no final do jogo, mesmo com a entrada (de outros jogadores), teve triangulações. Desempenho bom começo, resultado ruim”, finalizou.